(Pormenor de "Páginas Soltas", técnica mista)
Estamos em plena tempestade que, como sempre, afecta mais uns que outros. As condições para as enfrentar são bem diferentes para uns e para outros. Há quem esteja no epicentro da tempestade, para quem esta não dá tréguas nem descanso. Outros há que estão na periferia. Ainda assim, a maneira de reagir varia.
A rabanada de vento bate à porta de todos nós. Bem mais forte para uns do que para outros. Mas, agarrando-nos à manta da coragem, continuamos a enfrentá-la...
Diz-se que, "depois da tempestade, a bonança"... só que os estragos que ficam à sua passagem são gigantescos e vai levar tempo a levantar.
Por grande que seja o tombo, ter-nos-emos que levantar. Quanto mais forte for a nossa capacidade de organização e entre-ajuda, mais fácil será possível fazê-lo. Leva tempo... os estragos são muitos. Não sabemos se sobre esta rabanada outras se lhe sucederão. Na certeza, porém, que, por mais forte que seja a rabanada, mais nos agarramos à nossa manta que podemos estender a quem nos está mais perto.
"Depois da tempestade, a bonança"... Que deixemos ir soltando a nossa manta à medida que o Sol vier. E que, desta vez, o Sol possa brilhar para muitos mais de nós. Que, com a lembrança da manta que nos cobriu e que devemos guardar religiosamente para se nova tempestade se abater sobre nós, possamos estar mais preparados para a enfrentar.
Sem comentários:
Enviar um comentário