domingo, 23 de setembro de 2018

"SONHO" - UM ABSTRACTO EM EXECUÇÃO








(Pintura a acrílico sobre tela - Setº 2018)


É sempre arriscado enveredar por um abstracto, mas é um jogo que dá muito gozo. 



Depois de dada uma base colorida, manchou-se a tela diluindo-se a tinta acrílica com água ou borrifando-se a tinta já aplicada na tela para obter os aguarelados; arrastou-se a tinta com uma espátula ou pincel para ajudar a obter as manchas ou conseguir o efeito de riscado… Por outro lado, no caso de querer evitar arrastar a tinta já aplicada, deixou-se secar bem as camadas inferiores, se necessário com a ajuda de um secador, e foi-se fazendo a aplicação de um produto isolante sempre que se queria conservar o trabalho já feito, já que se trata de acrílico solúvel com água enquanto não estiver perfeitamente seco… 

As formas foram surgindo… mas vai ficando sempre a dúvida quanto à harmonia do conjunto. É isso que me está a acontecer com este trabalho. Gosto do aguarelado de parte das manchas de cor e do preto, de algumas das texturas, mas falta qualquer coisa. Ainda está confuso… Vamos ver, numa fase seguinte, o que o espera… que elementos de ligação… Tirar o que está a mais, ou acrescentar um toque que falte?!… Reforçar e/ou fazer a sobreposição de mais elementos, manchas ou riscos; fazer a eliminação de alguns deles; ou ficar-se por aqui?... Está tudo em aberto.

Afinal, mudou radicalmente. Uma vez mais, com a orientação de quem com naturalidade, criatividade e dom nos vai ajudando a resolver os problemas que se vão pondo na execução dos nossos trabalhos (*), chegámos a um resultado com o qual fiquei muito satisfeita. Tem qualquer coisa de especial, foi feito numa altura especial, tanto assim que lhe dei o nome de "Sonho" e lhe arranjei espaço em frente à minha mesa de trabalho. É mais um marco nesta aventura do uso da tinta com os mais diversos materiais e truques para além do pincel… Foi um "quadro sonhado", "vivido como um momento único" que "eterniza minutos de energia criativa e de felicidade"(*) partilhado no mundo mágico da Pintura guiado com tanta simplicidade e entrega. Por isso, estou grata a quem me permite viajar neste mundo com maior segurança, motivação e criatividade. Um sonho que aos pouquinhos se vai tornando realidade.



("SONHO" - Pintura a acrílico sobre tela - Outubro/2018)(*)





O FORTE DE SANTO ANTÓNIO DA BARRA E O FIM DO REGIME DITATURIAL DE SALAZAR








Desde miúda que, ao passar na Marginal entre S. Pedro e S. João do Estoril, conseguia vislumbrar esta pequena fortificação, envolta em algum mistério e por uma vegetação mais ou menos densa que pouco deixava adivinhar da sua presença e estrutura. Hoje, recuperada, está aberta ao público e eu tive, finalmente, a oportunidade de a visitar mais de perto. Não chegámos a entrar no interior das instalações, o que fica para uma próxima oportunidade, porque não admitem cães e, hoje, levávamos o nosso Teco.

A estrutura desta pequena fortificação remonta à época da Dinastia Filipina, quando Filipe I incumbiu o engenheiro militar e arquitecto  napolitano, frei Giovanni Vicenzo Casale, de elaborar uma planta de Cascais bem como uma carta da costa até São Julião da Barra. Entre as preocupações do monarca estava a melhoria o sistema defensivo da barra de Lisboa (1586), zona pela qual se concretizou a campanha  do Duque de Alba para tomar a capital e o trono portugueses, e em que a ameaça de corsários ingleses e holandeses era uma possibilidade. Com estas fortificações, D. Filipe pretendia, portanto, evitar o acesso a Lisboa pelo rio e eventuais desembarques na linha de costa entre São Julião da Barra e Cascais.



As bonitas guaritas cilíndricas com cúpulas nos vértices são pontos de vigia tanto de terra como do mar. Hoje, desactivadas são, no entanto, vestígios daquilo que delas se esperava em tempos mais remotos.



Esta fortificação marítima apresenta uma planta poligonal irregular estrelada que a torna única neste conjunto de fortificações que estão dispersas ao longo da linha de costa de Cascais até Santo Amaro.


 Entre as duas linhas de muralhas do forte abre-se o fosso.



O forte, debruçado sobre o mar, parece atento a todo o movimento que se faz naquele lençol azul, debruado com uma fina renda de espuma… É hoje um ponto turístico. Teve no passado inúmeras funções.





Um dos períodos mais emblemáticos do Forte de Santo António resultou da escolha, por parte do presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar,, para aqui estabelecer a sua residência de Verão entre 1950 e 1968. Seria neste forte que, em 3 agosto de 1968, Salazar sofreria um acidente doméstico, ao cair quando tentava sentar-se numa cadeira. Este episódio foi decisivo no processo de decadência do seu regime. O agravamento do seu estado de saúde conduziria à nomeação, em 18 de Setembro, do Professor Marcello Caetano, como Presidente do Conselho e ao início das alterações das condições políticas em Portugal que viriam a culminar com o fim de uma ditadura de 40 anos. 




(Informações retiradas da NET e fotos de 22 de Setembro/2018)

O forte visto do mar.
(Foto retirada da NET)





terça-feira, 18 de setembro de 2018

S.O.S. POLUIÇÃO PELO PLÁSTICO - UMA REALIDADE ASSUSTADORA...



Plástico armadilha











Os inocentes cotonetes




Plástico casa






Pior que tudo, 
Plástico alimento







Ao receber e ver este conjunto de imagens fiquei impressionada… Como pode o plástico tão apelativo e tão prático ser um inimigo tão mortal da Natureza. Cada vez mais utilizamos produtos embalados em plástico e esferovite, produtos feitos de plástico que, de forma assustadora, vão invadindo as nossas casas, a Terra e sobretudo os ambientes aquáticos. Hoje, são um flagelo esses desperdícios do nosso dia a dia, tal como o simples cotonete. Que fazer para evitá-lo?!… Moderar o seu consumo e, porque não, contribuir para a sua reciclagem fazendo, por exemplo, o que nos sugere este folheto: de toda a vez que vamos à praia, apanhar pelo menos três desperdícios de plástico para reciclar. Não é suficiente, certamente que não, mas talvez ajude... 




domingo, 9 de setembro de 2018

O JARDIM BOTÂNICO DE GLASGOW - ESCÓCIA












O Jardim Botânico de Glasgow foi fundado no início do século XIX pelo botânico Thomas Hopkirk com o apoio da Universidade de Glasgow. Na época, Hopkirk doou mais de 3 mil plantas que se adaptaram muito bem ao clima escocês e floresceram. Com isso, o terreno destinado ao jardim foi ficando pequeno e houve a necessidade de mudar de lugar. Um novo terreno foi comprado e o jardim precisou ser transferido para o local atual. Na prática, hoje em dia, o Jardim Botânico de Glasgow é um local enorme, gigante mesmo. 


As suas duas grandes atrações são: o Kibble Palace e a Palm House. 

Kibble Palace



O Kibble Palace é uma estufa gigante, que recebeu esse nome em homenagem ao seu arquiteto, John Kibble. Inicialmente tinha sido construído para ser um local de exposições e concertos, mas hoje em dia o que encontramos ali é uma grande estufa que cultiva plantas de clima temperado de diversas parte do mundo. Além de ver diversos tipos de plantas por toda a estufa, principalmente espécies de árvores vindas da Austrália e da Nova Zelândia (algumas com mais de 120 anos de vida!!!!), também encontramos diversas estátuas, uma mais bonita que a outra.

Neste jardim botânico, podem ser encontradas plantas de todo o Mundo e de todo o tipo de "habitats". Plantas curiosas como as plantas carnívoras, exóticas como as orquídeas, resistentes como os cactos… Assim, plantas das mais comuns às mais estranhas podem ser encontradas neste paraíso verde no extremo ocidental da cidade, para regalo de quem lá vai.















Para além das estufas onde a variedade de plantas é enorme incluindo palmeiras e uma área com colheitas tropicais, nos espaços exteriores, existe uma coleção de rosas (considerada uma das maiores do mundo), de begónias, de ervas, de flores dos mais variados tipos. Pelo parque passa ainda o rio Kelvin. Parque que é um espaço tranquilo onde se podem passar bons momentos, passeando ou simplesmente sentando-nos com um livro na mão…







(Fotos tiradas pelo JP - Setº / 2018)