A PRAIA DE CARCAVELOS E O SEU PAREDÃO... UMA CAMINHADA E UM PRAZER

Praia de Carcavelos, extenso areal a escassos 19 kms de Lisboa, é a primeira praia oceânica depois da foz do Rio Tejo. Situada entre a Parede para Leste...

...e o Forte S. Julião da Barra para Oeste.

É palco para os mais diversos entretenimentos e jogos de praia...

...

O Surf e as escolas de Surf são também uma presença assídua ao longo do Paredão... Dando uma movimentação e um dinamismo muito próprios a esta praia que se encontra tão próxima da capital e onde, tanto de Inverno como no Verão ou em qualquer outra altura do ano, esta modalidade desportiva é tão popular entre a camada jovem. 

...

Os apoios de praia também são muitos, mesmo nesta altura do ano em que mal começou a Primavera. Bares, restaurantes, quiosques e cafés vão-se sucedendo ao longo do Paredão, convidando a uma paragem para almoçar, petiscar qualquer coisa, ou simplesmente tomar um café e saborear a vista sobre a praia e o mar.

...

Chegados quase ao extremo oeste da praia, voltamos agora no sentido contrário... Ainda temos muito Paredão para percorrer... Apesar da proximidade da Marginal, das inúmeras pessoas a passearem com os seus cães, algumas bicicletas, skates e carrinhos de bebé, o passeio é tranquilo e faz-se a bom ritmo. O dia está glorioso e o calorzinho do sol é sinal de que a Primavera parece que veio para ficar.

E eis-nos chegados quase ao fim da caminhada... Passámos à frente da Pastorinha e da Capricciosa, um restaurante e uma pizzaria de boa qualidade e sempre muito frequentados, para seguir um pouco mais adiante e espreitar o Forte S. Julião da Barra, que é o ex-libris desta praia e faz fronteira com Oeiras.

E é o fim de mais uma caminhada feita num Domingo de sol e temperaturas amenas. Ao longe os barcos seguem viagem e nós vamos para casa, sentindo-nos privilegiados por vivermos numa zona tão agradável e com tanto para oferecer...

 

DO GUACHE AO ÓLEO...

Guache

Pintar a guache tem sido uma doce descoberta, mas ainda assim o óleo continua a ser um objectivo... Voltar ao óleo, só que agora de forma mais autónoma. Julguei que fosse mais difícil, mas tem sido uma agradável surpresa!... 

Este primeiro trabalho ainda foi a guache, material fácil de utilizar em que o meio de diluição e limpeza é a água. Não há cheiros, qualquer cantinho serve para o trabalhar e é fácil de limpar e retirar da roupa no caso de nos sujarmos.

Com o intuito de superar dificuldades e ver a diferença, resolvi fazer o mesmo trabalho da pêra mas a óleo. 

Óleo

Foi o matar de saudades de muitos anos a pintar a óleo sob a supervisão directa da minha professora... agora, estava um pouco mais fora de pé... mas fui conseguindo!

Óleo

O desenho da pêra é bastante simples. E os objectivos vão estando um pouco mais além... Neste caso, foi a flor, de desenho um pouco mais complexo dada a sua inclinação. Teria que tentar dar essa inclinação e profundidade a toda a flor bem como procurar individualizar as pétalas duma forma tão subtil quanto possível... Para isso, mais uma vez me valeu a intervenção da minha professora mesmo à distância.

Óleo

Mais um degrauzinho... de novo a corola de uma flor... Procurar dar-lhe toda a leveza e movimento possíveis... foi tarefa mais fácil, agora.

Óleo

Mais um desafio... as pétalas de uma rosa!

E, agora, que se seguirá? Mais uma flor ainda mais "despenteada" e subtil? Conseguirei?...

Trabalho a óleo "alla prima"...

Adorei fazer este trabalho. Foi extremamente rápido. Não terá ficado como o original, mas gosto muito dele. A flor é que ainda me deixa dúvidas...

Resolvi alterá-la... não sei se para bem ou para mal...

Com excepção da pêra, todos estes trabalhos foram inspirados num pintor de que gosto muito, Neil Carroll. Gosto muito da pincelada solta e espontânea dele. Pincelada que vou tentando reproduzir para me libertar mais naquilo que vou fazendo. Tanto no guache como no óleo, tem sido uma experiência muito gratificante e, a cada trabalho que vou terminando, vou ganhando mais confiança.

Mais trabalhos, desta vez em formato A3, em que este foi mais um desafio a ultrapassar - a dimensão: 

...e as transparências do frasco

e a subtileza das flores...

e, mais uma vez, a luz e leveza das rosas...

UM PASSEIO ATÉ À MARINA DE OEIRAS - FORTE S. JULIÃO DA BARRA

A Primavera anuncia-se... Um Domingo soalheiro que convida a um passeio junto ao mar. Sim, porque aqui a foz do rio Tejo deu lugar ao mar, com as suas ondas que atraem os surfistas, que num dia como o de hoje bem podem esperar por uma ou outra onda mais forte, já que o mar se mostra tão tranquilo como a manhã luminosa deste dia 19 de Março... 

Ao fundo o Forte de S. Julião da Barra. Fortificação imponente com o seu torreão e a sua bandeira desfraldada... Forte este, porta de entrada do rio, que entra mar dentro e não passa despercebido a quem viaja ou passeia na Marginal.

Uma das entradas do forte

Do outro lado, a Praia da Torre, ladeia o forte com um bom areal...

Daqui se consegue ver com grande nitidez o Farol do Bugio, guia das muitas embarcações que entram no Estuário do Tejo, rumo aos cais do porto de Lisboa... 

Eis-nos chegados à Marina de Oeiras, pequeno porto de abrigo de embarcações de recreio, aninhadas para dentro dos dois pontões, um dos quais termina por um pequeno farol que um dia me serviu de modelo para pintar num quadro representativo de Oeiras...

Tal como o pequeno farol, também a carruagem que hoje serve de bar, foram elementos incluídos num dos quadros que pretendiam representar a Vila de Oeiras e que pintei para uma exposição comemorativa dos quinhentos anos de elevação desta localidade a Vila. Exposição essa realizada já há uns anos na Galeria Verney, mais precisamente em 2009.

  

"Oeiras - do Passado ao Presente" (2009)

Por tudo isto, hoje, foi um passeio de recreio numa Primavera que se anuncia em todo o seu esplendor e um relembrar de há uns anos em que procurava elementos que caracterizassem esta Vila que se espelha também nesta beira-mar, debruçando-se para o estuário do Tejo. Oeiras, uma vila cheia de História e "glamour", no caminho do Futuro, que se vai construindo no Presente, é também um espaço de lazer e bem estar, onde sabe bem viver.