segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

"O LÍRIO BRANCO DO CAMPO"




Fotografia de "Lírios", pintura a óleo de Van Gogh 
Saint-Rémy, Maio 1889



Este quadro de Van Gogh impressionou-me de forma estranhamente intensa. 
Imagem que, hoje, me trás PAZ, TRANQUILIDADE e ESPERANÇA... 


Porque é tão diferente este quadro?





"O Lírio Branco do Campo" (*) (Dezembro 2018)


Hoje, faço a minha própria leitura do quadro de Van Gogh. E daí chamar, à interpretação deste trabalho (*), "O Lírio Branco do Campo". O lírio branco que, no meio de todas as dificuldades, é um grito de ESPERANÇA e de CRENÇA numa vida melhor para todos nós, apesar daquilo que vamos vendo passar-se em todo o Mundo, ou mesmo ao nosso lado …


Não podemos nunca desistir de nós, daquilo em que acreditamos e dos nossos sonhos de realização, de paz e do desejo de que todos possamos vir a ter, pelo menos, o pão nosso de cada dia…

Se essa Esperança morrer, então o que nos fica?!... Temos que trabalhar a paz, sermos esperança e dar um pouquinho de nós, se quisermos um Futuro melhor.

Quem sabe, então, os sonhos de outros lírios do campo venham a fazer eco e propagar-se ao longo de todo este Mundo feito de mares, oceanos e continentes… De A a Z, ou outro qualquer caractere por que comece o nosso nome, poderemos ajudar a construir a paz no nosso mundo, se não do  mundo grande que está fora do nosso alcance, que seja o do pequenino em que nos movemos no dia a dia...   

Alguém falou em "Manta de retalhos". E é  isso que podemos fazer. Uma manta de retalhos colorida, variada, mas coesa para a qual todos possamos contribuir e que acaba por ser nossa também. Nossa de responsabilidade e nossa de aconchego. Há momentos em que tudo isto parece falhar, nós próprios vamos pelo caminho errado. Mas estaremos a tempo de recomeçar?!... 






domingo, 26 de janeiro de 2020

GUINCHO (PORTUGAL) - NO EXTREMO OCIDENTAL DA EUROPA CONTINENTAL




Mais um Domingo de sol de Inverno
Ao fundo Sintra e o Cabo da Roca


No passadiço das Dunas da Cresmina...


Fortaleza do Guincho... Hotel e restaurante






O mar no Guincho e as suas praias de grande beleza, mas nem sempre de águas calmas...



Daqui temos a vista do Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa continental...

A dois passos da capital, Lisboa, encontramos este pequeno paraíso quando o vento não aperta e o sol brilha.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

O CACHO DE UVAS E A VIDA






Os bagos de uva vão pintando... "Bagos de uva de onde nascem as raízes minúsculas do sol", como diz o poeta (*) Bagos de uva que refletem a luz e a sombra que se apossam deles tal como na vida. Vida que é feita de momentos de luz em que tudo parece fácil e transparente, e outros em que as sombras dos nossos receios se agigantam para transformar aquilo que é mais fácil em fantasmas que nos atormentam o pensamento e aumentam as barreiras na alma onde não deveriam estar. 

O cacho de uvas vai pintando, o futuro o dirá como... mais sombra menos sombra, raios de luz que o iluminam com "o tempo a macerar", até que chegamos ao fim do cacho que é feito de bagos ainda carnudos, gostosos de fazer lembrar, e de bagos azedos ou mirrados que ajudam a dar valor ao que temos de melhor. 




(*) (retirado de um poema de Herberto Helder)





terça-feira, 21 de janeiro de 2020

SAUDADE









É a despedida de mais um dia. Neste fim de tarde frio, a saudade aperta. Saudade dos nossos passeios, saudade de si, da sua bonomia, do seu carinho, do seu bom senso, do seu sentido de humor e justiça e da sua convicção que quão pequenos somos... Saudade de tudo e, sobretudo, de lhe poder dizer: "Gosto tanto de si!". É assim que, nesta tarde fria de Inverno, o corpo é aquecido pelas lembranças da alma!...

Todos os dias do meu aniversário, pela manhã, ouvia o seu assobio. Amanhã, dia do seu, sou eu que assobio baixinho: "Parabéns a você!..."

Hoje, sinto-o como o guia que sempre foi nos momentos bons e, acima de tudo, nos maus ... Saudade de vida que já não volta mas se manterá acesa dentro do coração... Para mim permanece uma incógnita o que estará para além de nós, o que para si é já uma certeza... Hoje, passeio sozinha as mais doces lembranças. Talvez um dia, porém, nos venhamos a reencontrar...





(Fotos tiradas em 21 de Janeiro de 2020)




QUEM SOMOS REALMENTE?!... UMA VIAGEM ATRAVÉS DO DNA... SEREMOS ASSIM TÃO DIFERENTES?!...










Temos mais em comum com o Mundo do que nós pensamos... Este pequeno vídeo, que me chegou através do WhatApp, é bem prova disso e de que "um mundo aberto começa com uma mente aberta"... Vale bem a pena vê-lo. Está falado em Inglês e legendado em Português o que, no Mundo Global actual, o torna mais acessível a uma grande parte de nós.

Somos diferentes mas iguais e é nessa diferença que reside a riqueza da Humanidade...




















(Imagens retirados do Pinterest)






domingo, 19 de janeiro de 2020

NOS PASSADIÇOS DA CRESMINA - UM PASSEIO DOMINGUEIRO (CASCAIS / PORTUGAL)




Ao fundo o Cabo da Roca e a Serra de Sintra


O areal do Guincho


Os passadiços da Cresmina e a Marginal


Estamos perto do ponto mais ocidental da Europa continental (o Cabo da Roca), no Guincho, perto de Cascais, onde o Mar encontra a Terra. Está uma manhã fria de Inverno, mas em que o Sol brilha e o vento descansa um pouco... Saímos de casa para passear nos Passadiços da Cresmina ... A vista é clara, luminosa e desanuvia-nos a alma. 




Sente-se um cansaço bom ao descer e subir as dunas... passada larga e regular através dos passadiços, de madeira e corda, bem enquadrados na paisagem... (Como alguém disse, "é um dos recantos encantados do concelho de Cascais"), com uma flora e uma fauna muito características.


(Janeiro /2020)
                                                                         


Os passadiços da Cresmina, são mais um ponto de interesse deste nosso Portugal. País onde a variedade de paisagens, o bom tempo ao longo do ano e os mais variados pontos de interesse são uma constante.



 

sábado, 18 de janeiro de 2020

EXISTIRÁ VIDA PARA ALÉM DA MORTE?! ... POEMA DE SANTO AGOSTINHO






Quando um nosso ente querido morre, o nosso coração despedaça-se, receamos que o seu fim seja o fim de tudo. Mas, por estranho que pareça, sentimos sinais da sua presença... ou imaginamos senti-los?!... Será que existe Vida para além da Morte? É uma pergunta que o ser humano se põe desde que começou a pensar. Hoje, uns acham que sim, outros acham que não. Há um bonito poema de Santo Agostinho que nos fala sobre a Morte e, hoje, ao chegar-me às mãos, me parece reconfortar... Será que Santo Agostinho tem razão?!... É uma dúvida que vai persistir sempre, mas gosto de acreditar que sim.



" A morte não é nada
Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, continuarei a ser.
Deem-me o nome que vocês sempre me deram,
Falem comigo como vocês sempre o fizeram.
Vocês continuam a viver no mundo das criaturas,
Eu estou a viver no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste,
Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
A Vida significa o que ela sempre significou,
O fio não está cortado.
Eu não estou longe,
Apenas estou do outro lado do caminho.
Você que aí ficou,
Siga em frente!
A Vida continua, linda e bela como sempre foi."



(Poema de Santo Agostinho, Imagem retirada da NET)





sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

"DOENÇA BIPOLAR" NA PRIMEIRA PESSOA








"Manic-depression is a mood disorder that affects literally millions of people worldwide. It is classified as a mood disorder because it affects both an individual's emotions as well as how an individual interacts emotionally with others." - (NET)




SER "BIPOLAR"

Ao som de “This magic moment”, da rega do jardim e o teclado do meu computador, escrevo, na primeira pessoa, o que me tem atormentado nestes últimos anos e, continuará a fazê-lo, a menos que a cura, ("que está aí, tenho dado como certo!... É mais dia, menos tempo...”, como me afiançaram), chegue e possa resolver a situação...

Doente Bipolar ou, Maniaco-Depressivo, o nome técnico. O que causa esta doença? O que é? Tenho um pequeno livro que explica rigorosamente o que é. Mas, não vou consultá-lo. Vou explicar na primeira pessoa. Ou seja, aquilo que sinto e, talvez com risco de errar cientificamente, aquilo que penso que é.

A doença resulta da produção em excesso ou por deficiência de determinadas substâncias que funcionam como neurotransmissores, permitindo a transmissão dos impulsos eléctricos de neurónio a neurónio; responsáveis, basicamente, por aquilo que somos a nível do pensamento e mesmo das nossas afectividades, sentimentos de auto-estima, equilíbrio, capacidade de expressão, até mesmo de pegar numa caneta e fazer uma letra legível e suficientemente grande; de discernir a realidade daquilo que são fantasmas da nossa memória, dos nossos medos, das nossas fobias.

Certamente, esta não será a definição da "Doença Bipolar" que vem nos livros, mas sim a de quem sentiu e sente na pele aquilo que ela é, e com a qual tem que tentar coexistir.

Para quê remexer no que já passou?!... Só que, o problema está em que pode surgir a qualquer momento, desde que por qualquer motivo se pare a medicação; ou algum factor externo causador de uma emoção demasiado forte seja difícil de ser tolerado; ou simplesmente pelo facto de sermos umas “bomba-relógio” que nunca se sabe quando vão explodir.

É, no fundo, uma doença caracterizada por mudanças de humor levadas a um ponto extremo.

De um lado, temos a depressão mais profunda em que, o único refúgio é o fundo da cama, debaixo dos lençóis, com as persianas fechadas em pleno meio-dia de um dia de Sol radioso. Do sentimento de perda e abandono mais profundo, mesmo que, em torno de nós, possamos ter os entes mais queridos, atentos e preocupados. O sentido da maior incapacidade, inutilidade e baixa autoestima, a que qualquer ser humano se pode entregar de alma e coração.

Do outro lado, temos a euforia. Uma capacidade de expressão, argumentação, trabalho e concretização acima da média. Uma sensibilidade de diapasão na afinação do tom. Um querer fazer. Um querer ir. Um querer dar. Um querer retribuir. Um querer voltar onde fomos felizes. Um querer viver sem desperdício de tempo. Um querer tudo fazer. Tudo partilhar. Um não mais parar... Um não dormir... Um mexer... Um correlacionar. Um começar a acelerar. Levantar voo, com os dois pés ao mesmo tempo... quando já nada nem ninguém nos agarra. A partir daqui... só a lembrança do que nos é contado depois. Só a lembrança de pequenos “flashes” inconsequentes, em que somos donos da verdade, do nosso querer, do nosso fazer, da nossa obsessão, do já não ouvir; do fazer sem lembrança futura; do gritar sem saber o quê; do negar aquilo em que mais queremos acreditar e não conseguimos.

Depois, vem o retorno. __”Olha, aquilo ali...”; __”Foste tu que...”; __”E, o que tu disseste!...” ( Nâo, não foram mentiras, começaram por ser factos, verdades, por vezes difíceis de ouvir, ocorrências, que se atropelavam e, depois, do pico da sua coerência, começavam a baralhar-se ao ponto de perderem o nexo...).

Um doente bipolar é um caso extremo de desordem do humor. A química dos seus neurónios tem que ser reposta com medicação __ tem sido o lítio, desde os inícios do século XX (?)... Hoje, começam a aparecer novos fármacos. Os medicamentos fazem engordar. Hoje, alguns deles, já nem tanto. Quando não estamos numa fase estabilizada e, por isso, a necessitar de um reforço de medicação, sentimo-nos uns “zombis”, tudo é difícil, o movimento, o falar, o fazer, o pensar... Tudo é difícil fazer. Dependemos dos outros para fazermos aquilo de que mais gostamos: ser independentes. Sentimos a inutilidade do sono que temos e a que queremos resistir, apesar de sabermos da sua necessidade. 

Mas, a cura está aí. Estamos no século XXI. Hoje, as Ciências Biomédicas, as Ciências Farmacêuticas, tudo vão conseguindo. Há uma esperança ao fundo do túnel.

E parece que, a barreira entre um "bipolar" e as pessoas ditas "normais", não é tão nítida assim. Mais do que uma pessoa, e por mais do que uma vez, me disseram: __”Se calhar, “bipolares” somos nós todos um pouco. Sabes? Ao contares-me o que te está a acontecer, começo a pensar que, a mim, também acontece um pouco. Se calhar, também sou um pouco "bipolar"...”

Quem sabe se não têm razão?!... Não  o seremos muitos de nós, um pouco...?! (uns mais, outros menos)... A verdade é que se trata apenas de doses maiores ou menores de certas substâncias, que fazem funcionar o nosso cérebro, as nossas emotividades e a nossa percepção da realidade...

Por ironia, dentro de tudo o que é ter de ser uma “bomba-relógio”, não deixa de ser espantoso, sentir, como funciona a nossa máquina __ que, no fundo, não é mais do que o resultado de reacções bioquímicas, trocas e transformações de energia.

Somos matéria e energia __ energia que nos permite comunicar, pensar, pegar numa caneta, acreditar nos nossos princípios, fantasmas e medos.

ENERGIA, que faz mover o Universo do qual fazemos parte e que, por vezes, nos faz ser tão “mesquinhos” que olhamos apenas para o nosso umbigo, enrolados no fundo de uma cama, e esquecemos o Sol que brilha lá fora, e as mãos que continuam ao nosso lado, dizendo-nos: __”Vem viver a vida. Dá um berro, se quiseres. Mas, vem viver."

Eu tenho tido essa sorte. Tenho tido as mãos necessárias, para me dizerem: __” Põe-te, de pé, outra vez. Caíste, mas tens aqui, não uma, mas duas mãos”. Só penso naqueles que não as têm, que não têm condições para conseguir as tais moléculas que têm o poder de voltar a encaminhar os neurónios. Que não têm ninguém disponível para as apoiar. Que, enquanto a cura não vem, não têm alternativa a serem estigmatizados. Embora, hoje em dia, já pareça haver uma maior compreensão para estas situações.

Possivelmente, nada podemos fazer a nível individual, mas podemos deixar o testemunho daquilo que é perder o controlo da única coisa de que somos senhores. Podem-nos tirar tudo, até os braços, as pernas, os olhos ou a própria vida. Mas, não nos tiram o pensamento. Essa energia que justifica a nossa existência. Dentro dele somos livres, mesmo que vivamos em cativeiro ou em ditadura. Mas, ironia das ironias, são os nossos inimigos internos que nos tiram essa liberdade __ A QUÍMICA DOS NOSSOS NEURÓNIOS __ O que é tão fabuloso, mas pode ser tão tremendamente doloroso!...






Se tenho duas mãos, alguma coisa poderei fazer?!... Este é um primeiro passo... Dar esperança de que se tivermos conhecimento das nossas fragilidades e limitações, podemos aprender a viver com elas, acreditando em quem está para nos ajudar. Hoje, sinto-me estabilizada, graças à medicação que se encontrou para o equilíbrio do meu organismo que não será necessariamente o mesmo de outro indivíduo, mas adaptado a cada caso e situação. Já que, somos mais frágeis do que a maioria das pessoas, no que se refere a situações  de "stress", de instabilidade e de carácter emotivo (essencialmente), há que reconhecer onde estão os nossos limites e aceitar a situação com naturalidade... 

Essencial, é também a compreensão e aceitação dos outros, pelo que o problema não toca apenas ao "bipolar", mas também a quem o acompanha na vida do dia a dia...




quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

NOVA AVENTURA - O CACHO DE UVAS DE ROBERT HANNAFORD





ROBERT HANNAFORD

Robert Hannaford é um artista realista australiano notável por seus desenhos, pinturas, retratos e esculturas. Este trabalho encantou-me particularmente pelas transparências nas zonas de luz. Há muito que tinha o desejo de realizar um trabalho inspirado nesta fotografia. Terá chegado a hora de o tentar?!... 



Numa primeira etapa, escureceu-se o fundo, para se ter uma melhor ideia do conjunto. Agora é fazer a marcação das uvas. Mas, por comparação das duas imagens, dá para ver que há rectificações a fazer até mesmo no contorno de todo o cacho de uvas. E, recorrer às imagens do computador para além da fotocópia, pode ser uma boa ajuda.




O trabalho continua. Mas não é muito fácil dar-lhe as transparências e luzes necessárias.



Mais uma etapa... Vou compreendendo a importância da escolha dos tons de acordo com o que me vai sendo ensinado, mas a sua aplicação não é fácil. É mais um exercício que me permite tentar dar os pequenos toques que são fundamentais, mas que ainda tenho dificuldade em conseguir. Devagarinho as formas vão surgindo com volumes, vários planos, luzes e sombras e os resultados vão surgindo ainda que a medo... vez por outra o toque da mestra e tudo parece mais fácil...




Até um simples bago de uva dá imensa luta, mas sabe tão bem ir ultrapassando alguns obstáculos... Com custo, muitas vezes, mas vai-se indo devagarinho.




Já se vai aproximando do fim... Mas ainda faltam bagos por acabar e toques para dar...




Etapa final...(*)

Mais uma vez, terminei um trabalho que deu luta e muito gozo, sob orientação e ajuda duma professora sempre atenta e pronta a dar uma mão quando preciso. Será que ainda vai ser necessário dar mais algum retoque?!... Agora irá secar para ver se as tonalidades mais suaves não se esbatem. Caso isso aconteça, está pronto e é só assinar, sempre com a (*), já que é com a minha boa estrela da Pintura que vou conseguindo ultrapassar todos os obstáculos que vão surgindo, até mesmo no simples pegar no pincel e ir aplicando a tinta...




CACHOS DE UVAS E VIDAS SOFRIDAS









Cachos de vidas sofridas
 Tanto sabem a mel como a fel... (*)

Cada bago uma palavra, um gesto, um pensamento.
Se bons, guardamo-los e saboreamos o seu sabor.
Se maus, perdoamo-los, relevamo-los,
 deitamo-los ao esquecimento...
ao saber da sua dor.


((*) _ Inspirado em poema da Clara Mestre)




quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

QUANDO ME AMEI DE VERDADE - Charles Chaplin







Há momentos na vida em que nos perguntamos se estamos a tomar a decisão certa, se as nossas decisões não passam de mera satisfação dos nossos desejos ou egoísmos e, então, encontramos respostas. Uma dessas situações foi a de hoje em que reencontrei estas palavras desse homem especial que foi Charles Chaplin...


"Quando me amei de verdade,
compreendi que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo, no momento exacto.
E, então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome… auto-estima.

Quando me amei de verdade,
pude perceber que a minha angústia,
o meu sofrimento emocional, não passa de um sinal
de que estou indo contra as minhas verdades.
Hoje sei que isso é… autenticidade.

Quando me amei de verdade,
deixei de desejar que a minha vida fosse diferente,
e comecei a ver que tudo o que acontece
contribui para o meu crescimento.
Hoje sei que isso se chama… amadurecimento.

Quando me amei de verdade,
comecei a perceber como é ofensivo
tentar  forçar alguma situação ou alguém,
apenas para realizar aquilo que desejo,
mesmo sabendo que não é o momento
ou a pessoa não está preparada, incluindo eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… respeito.

Quando me amei de verdade,
comecei a livrar-me de tudo o que não fosse saudável...
pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa ,
que me empurrassem para baixo;
De início, a minha razão chamou egoísmo a essa atitude.
Hoje sei que se chama… amor-próprio.

Quando me amei de verdade,
deixei de preocupar-me por não ter tempo livre
e desisti de fazer grandes planos.
Abandonei os projectos megalómanos de futuro.
Hoje faço o que acho correcto,
o que  gosto, quando quero e ao meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… simplicidade.

Quando me amei de verdade,
desisti de querer ter sempre  razão e,
com isso, errei muito menos vezes.
Hoje descobri a… humildade.

Quando me amei de verdade,
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Agora,  mantenho-me no presente,
que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez.
Isso é… plenitude.

Quando me amei de verdade,
compreendi que a minha mente pode me atormentar e decepcionar.
Mas quando eu a coloco ao serviço do meu coração,
ela torna-se uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… saber viver!"