segunda-feira, 30 de março de 2020

OBRIGADA(O), A QUEM NOS É INDISPENSÁVEL...











Obrigada, a todos os cabeleireiros / barbeiros / esteticistas / massagistas que cuidam dos nossos cabelos, dos nossos corpos e, acima de tudo, da alma. E que, nos dizem, ao sairmos: "... e, agora, marcamos para quando?!... ".

Obrigada, a todos os Srs. Manuel que, na churrasqueira, na padaria, nos supermercados..., nos perguntam: __ " E, hoje, vai mais o quê?  Um pãozinho?!... Um queijinho de Nisa?!..."

Obrigada, a todos que atrás de um balcão nos dizem sorrindo: __ "Bom diaa!... Em que lhe posso ser útil?..."

Obrigada, aos homens do lixo que não conhecemos, aos jardineiros e a quem, trabalha connosco e para nós, ajudando-nos a manter as nossas casas e espaços limpos e organizados. Aos carteiros que, todos os dias calcorreiam as ruas, para nos entregarem a correspondência.

Obrigada, a todos os professores e colegas de escola ou do trabalho, da ginástica ou da pintura, que connosco marcam o ritmo da semana... E a todos os amigos que nos desafiam para um geladinho no Santini, para uma caminhada no Paredão ou um programinha, para desanuviar e quebrar a rotina. E, sobretudo, estão presentes quando deles mais precisamos. E que dizer da família?!...

Há coisas que não podemos fazer, neste momento. Os cabelos vão crescer desalinhados e a duas cores... O queijinho de Nisa fica para uma compra adiada. O geladinho no Santini para um encontro a marcar... 

Mas muito se pode fazer e é nisso que temos que nos concentrar. Até que tudo passe, vamos dizendo: __" Olá... e até logo."



OBRIGADA(O)!






Mundos tão diferentes... 
E nós ainda estamos do lado de cá, apesar de tudo... 
Também eles esperam por nós.


(Imagens retiradas da NET e vídeos enviados por WhatsApp por amigos)





domingo, 29 de março de 2020

FORÇA PORTUGAL!








O número de infectados e de mortes causados pelo Coronavírus não pára de aumentar; o cansaço dos profissionais de saúde e a falta de equipamentos necessários ao combate da COVID19 é visível; as pessoas começam a dar sinais do  desespero resultante duma quarentena que se vai alargando no tempo e em que não se vê fim à vista... O receio do Futuro que se adivinha duro e difícil para famílias e povos é uma preocupação que se avoluma. Mesmo no nosso isolamento, vamos tendo conhecimento disto. Ainda assim, não param os gestos de solidariedade para com os outros; as iniciativas de todo o género que procuram trazer algum conforto a todos nós; as mensagens de esperança e incentivo para continuarmos esta luta contra este mal que se abateu sobre grande parte da Humanidade. Luta que vai sendo travada, também, graças aos actuais meios de comunicação e informáticos que nos permitem estar em contacto uns com os outros em som e em imagem; em que nos são dados conselhos e informações sobre como atuar; em que nos é permitido consolar e ser consolado, mesmo no recolhimento das nossas casas.

O meu "plafon" para chamadas a partir do telemóvel acabou. Mas, estamos no fim do mês e podemos recorrer ao WhatsApp que é grátis e até nos permite as vídeo-chamadas que ainda nos torna mais próximos. Podemos, assim, ouvir e ver quem agora está separado de nós fisicamente. Vamos aprendendo a viver com as limitações que nos vão aparecendo pela frente. 

Agora trabalho de luvas por uma questão de precaução. Será que é excessiva?!... Dizem-nos que o vírus deixa de estar activo após algumas horas, quando se encontra sobre o papel, mas será que é mesmo?!... De qualquer forma, as receitas ficam de quarentena também elas, antes de as manusear. Para fazer a arrumação dos produtos alimentares que trazemos para casa é quase preciso um manual de instruções... Até estas pequenas coisas se tornam tão importantes na vida do dia-a-dia destes novos dias... E as perguntas que se põem são inúmeras: Será que todos estes cuidados e receios se vão manter depois de se passar esta pandemia?! Muitos dos hábitos agora adquiridos vão permanecer?!... Que é das pessoas que, hoje, não têm ao seu dispôr todos os meios e facilidades que, apesar de tudo, nós vamos tendo? Que é dos povos como os de África em que a falta de condições de higiene, a falta de alimentos, água potável e de habitações com condições são uma constante? 

Mas, tal como se diz neste vídeo que me chegou pelo WhatsApp, havemos de vencer esta guerra que deixa para trás muitas baixas, muitas sequelas, mas temos que acreditar em alguma coisa. E, esse grito de esperança, está bem patente nesta mensagem:


"__ Força Portugal!" Diz-nos a mensagem, mas poderia ser Itália, Espanha, Europa, USA, Ásia, América Latina, África... Todos os povos da Terra que foram ou estão a ser invadidos por este novo e estranho inimigo.

"(...) sobretudo aprenderemos que sozinho chega-se mais rápido, mas juntos chega-se mais longe. (...)"



(Imagens retiradas da NET)


sábado, 28 de março de 2020

COMO CONSERVAR ALIMENTOS FRESCOS EM CASA...







Em todas as alturas da vida, há coisas que se podem ir fazendo para conservar alimentos frescos e os poder ter à disposição durante algum tempo depois da época. Nesta altura de crise em que nos encontramos, pode ser até mesmo uma questão de sobrevivência, uma forma de preservar os alimentos e não os deixar estragar quando não são consumidos de imediato e os temos à disposição.


Este pequeno vídeo chegou-me agora por WhatsApp e tem muitas soluções práticas e úteis, para a vida do dia-a-dia, na conservação de alimentos frescos. Nesta altura, em que os alimentos podem ir escasseando, pode ser essencial para os conservarmos em casa quando os há à venda e para evitar, na medida do possível, ter que sair de casa para os ir comprar.  







(Fotografia retirada do WhatsApp)









sexta-feira, 27 de março de 2020

A VIDA EM CASA - LONGE DO CORONAVÍRUS...



(Pão caseiro feito por quem não é padeira/o)


Não podemos baixar os braços... Tantas coisas novas para fazer... Fazer pão logo pela manhã com os filhos... Arrumações adiadas faz tanto tempo... Leituras... Pôr a conversa em dia com os amigos e/ou recordar velhos tempos... Fazer pequenas hortas nos próprios quintais... O sentirmo-nos úteis a quem precisa de nós... Começar de novo a desenhar ou tantas outras actividades à distância, em "reunião" de amigos através de programas de computador e telemóvel, também é, hoje, uma possibilidade...

É um forma de transformar pequenos nadas destes dias tão conturbados e tristes em lembranças gratas para quando tudo passar, se isso nos for permitido pelas circunstâncias em que nos encontramos.  

Vamos enfrentando coisas novas e desafios, uma vez que mais não podemos fazer, quando não nos cabe a nós estar na linha da frente, mas sim na rectaguarda daqueles que o estão, para sermos o seu suporte e nos mantermos bem física e psiquicamente.

Mantemo-nos em casa para que o vírus não nos venha bater à porta... Que melhor remédio do que estarmos ocupados com aquilo que são os nossos deveres mas também os nossos "hobbies" e pequenos prazeres, para os quais nem sempre há tempo em tempos de vida "normais". Mesmo que, por vezes, se tenha que arranjar estratagemas para cada um criar o seu espaço... como é o caso deste pai: 



(Vídeo enviado por WhatsApp)




quinta-feira, 26 de março de 2020

O CORONAVÍRUS E A REVOLTA DA NATUREZA










A ideia de que o COVID-19 possa ter sido resultado de interesses obscuros, é uma ideia completamente deitada por terra por este vídeo esclarecedor. Através dele ficamos cientes de que foi resultado da interferência do Homem na Natureza. Uma interferência resultante do desconhecimento, da fome, dos hábitos culturais e da densidade populacional numa China ainda hoje com dificuldades. É mais uma situação em que, as agressões à Natureza e ao equilíbrio que deveria existir entre o Homem, as plantas, os animais  e o seu habitat, foram quebradas. Mais uma situação das que se repetem Mundo fora e que, talvez, desperte no Homem a necessidade de colaboração, por si e pelos outros.

Quem sabe, uma das lições deste vírus que agora nos causa tanto mal, não possa ser uma lição para os diferentes povos da Terra. Lembrando-nos de que não estamos sós e todos nós dependemos uns dos outros: pessoas, povos, Natureza...



Neste momento temos que cuidar todos do nosso pequeno "quintal", para que possamos dizer: "What a Wonderful World!"






(Foto retirada do Pinterest e vìdeos enviados por WhatsApp)



quarta-feira, 25 de março de 2020

"O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE"






..."O pão nosso de cada dia nos dai hoje"..., diz a oração que nos ensinaram. Hoje, 25 de Março, o Papa Francisco desafiou-nos para rezar ao meio dia, todos em conjunto, para que a energia da nossa prece seja mais poderosa e nos mantenha unidos na fé de que esta crise vá passar tão breve quanto possível. Mesmo não sendo crentes ou católicos praticantes, todos nós podemos fazer esse recolhimento e contribuir para o reforço dessa energia.

Os alimentos ainda aparecem nas prateleiras dos supermercados e mercearias. Há um esforço grande de empresas para se manterem em laboração para assegurar a produção de produtos alimentares e de primeira necessidade. Procura-se reforçar as condições para assegurar a saúde das populações. Mas, para muitas pessoas, sobretudo pessoas de mais idade, começa a ser dramático conseguir os bens alimentares de que necessitam. Têm que se manter em quarentena nas suas casas e muitas delas não têm o apoio da família, dos vizinhos, ou amigos, estando completamente sós. Há instituições e voluntários que se disponibilizam para ajudar, mas será que são suficientes e estão devidamente preparados para este novo desafio que se põe à nossa sociedade neste momento?!... As dificuldades já se começam a tornar dramáticas não só para muitas pessoas sozinhas mas também para muitas famílias. No entanto, a Fé pode ser uma forma de suporte para aguentar todas estas dificuldades sem tempo definido.  

Há quem procure dar volta à situação. As pessoas vão-se organizando de maneira a continuarem a manter as suas actividades na medida do possível... É o caso do teletrabalho que se mantem para  muitas actividades profissionais nas mais diversas áreas. É o caso de novos projectos que vão surgindo e em que as pessoas se vão unindo, mesmo de casa e à distância, para manterem uma ligação ao mundo lá fora. E, nisso, as novas tecnologias e meios de comunicação têm ajudado e muito.



(Imagem retirada da NET)


Hoje, dia 25 de Março, a pedido desse homem de consensos, que é o Papa Francisco, rezemos o Pai Nosso:

"Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso reino. Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como ("melhor do que")(*) nós perdoamos a quem nos tenha ofendido. Não nos deixeis cair em tentação, agora e na hora da nossa morte. Amen..."



OBRIGADA(O)!


(*) - "Que nos perdoe melhor do que nós perdoamos a quem nos tenha ofendido", alteração que um dia alguém me ensinou e faz parte daquilo de que me lembro das aulas de Moral do 4º ano do liceu. Um homem caracterizado pela sua bonomia e sentido prático da vida. Aquilo de que precisamos neste momento das nossas vidas.






terça-feira, 24 de março de 2020

O AMANHECER DE UM NOVO DIA







Neste momento, o amanhecer de um novo dia, é uma incógnita para todos nós. Mas, o Sol amanheceu risonho, apesar dos números que pesam. Por todo o Mundo há quem, neste momento, esteja a sofrer profundamente por causa da doença com que o vírus nos tem castigado. Sofrem aqueles que adoeceram, quem trata deles ou os vê morrer e quem os perde; sofrem todos aqueles que vêem os seus empregos ou a sua subsistência do dia-a-dia em risco. Sofrem ainda mais aqueles para quem a vida já não sorria. Mas o Sol segue o seu caminho e volta a nascer.

Os que estamos na rectaguarda, temos que procurar manter o nosso bem estar físico e mental, mesmo em quarentena, já que pouco mais podemos fazer do que isso. Temos que nos unir para que a força de cada um de nós possa ser a força de todos. Temos que fazer com que o nosso dia de HOJE, valha a pena. Temos que criar estratégias para tirar proveito daquilo que temos à mão, para vencer barreiras e tentar ultrapassar as dificuldades em que nos encontramos todos, a cada dia que passa.

Este vídeo chegou-me logo pela manhã através do WhatsApp, (meio que tantos de nós utilizamos para informar, contactar e animar). É uma mensagem de esperança num mundo melhor, cantada por um "velho senhor", Louis Armstrong: 



A Humanidade tem atravessado muitas crises e conseguido ultrapassá-las. Esta é mais uma para ser combatida e vencida, apesar das pesadas baixas. Para já temos que tratar do Homem, mas havemos de ter a nossa Natureza de volta e, quem sabe, lhe possamos dar mais valor, cuidando melhor dela, "dando-lhe uma chance"... 






domingo, 22 de março de 2020

NA CASA DE TODOS NÓS...




Coronvírus


Podemos ou não sair de casa?! "NÃO!..." A resposta é perentória mas também é um pouco dúbia em algumas situações, pelo menos por enquanto. Foi o que senti hoje, pelo simples facto de precisar de pôr o lixo, que guardava em casa há já alguns dias, no contentor e no ecoponto ao fundo da rua. Segui todas as instruções, que nos são dadas para protecção, ao sair de casa e ao voltar a entrar nela. Ainda assim, senti-me a "transgredir". O silêncio era quebrado apenas pelo chilrear dos pássaros e o arrulhar dos pombos, para além do ladrar de alguns cães e do barulho de um carro ou outro que passava na rua principal. Tive a agradável surpresa de ver a tampa do contentor do lixo orgânico aberta e presa para que as pessoas não tivessem que mexer em nada. O contentor quase que estava vazio. Soube depois que era pedido para não se fazer a reciclagem temporariamente para poupar os homens da recolha do lixo. Mas, desde que se tomassem as devidas precauções, como deixar os sapatos da rua à porta de casa e lavar as mãos com cuidado, não haveria inconveniente em levar o lixo orgânico para o tambor. Pelo sim, pelo não, irei passar a guardá-lo por mais tempo em casa e a espaçar as idas a pôr esse tipo de lixo, mantendo o lixo reciclável em casa.

A situação vai-se agravando dia-a-dia com todo o sofrimento que presenciamos nos hospitais  e adivinhamos na casa de tantos de nós... As incertezas são tão grandes que chegam até ao simples facto de se ir pôr o lixo de casa na rua. Uma actividade banal, (mas que, até em situações de vida normal, nos exige consciência cívica), só que agora nos deixa divididos. 

No entanto, muitas vozes se levantam com sinais de esperança. Muito se faz para nos animar e fazer reflectir. Procuramos, a partir de casa, "encontrar-nos" e trocar mensagens de encorajamento, de apelo ao bom senso e  de afecto. Como neste pequeno vídeo que me chegou por WhatsApp e é um apelo a uma visão positiva da lição que poderemos tirar desta situação, quando tudo passar.


Esta é tradução do vídeo, o mais fiel que me é possível:

"Obrigada, Coronavírus.
Obrigada por nos abanares e mostrares que somos dependentes de algo muito maior do que aquilo que pensamos.
Obrigada por nos fazeres apreciar os luxos em que vivíamos __ abundância de produtos... liberdade... saúde... e por nos apercebermos de que os estávamos a tomar como garantidos.
Obrigada por nos parares e por nos fazeres pensar como estávamos perdidos no negócio não tendo tempo para as coisas mais básicas.
Obrigada por nos permitires pôr de lado os nossos problemas que pensávamos que eram tão importantes... e por nos mostrares o que realmente é importante.
Obrigada por parares os transportes. A Terra estava a pedir-nos para olhar para a poluição há muito, muito longo tempo. Nós não ouvimos.
Obrigada por todo o medo, ele tem sido uma doença global de anos mas muitos de nós não o temos querido enfrentar e agora temos que o enfrentar e aprender a abraçá-lo com amor e com o suporte da nossa comunidade.
Obrigada por esta reavaliação das nossas vidas.
Obrigada por finalmente compreendermos o que significa.
Obrigada por finalmente entendermos que significa que nós estamos todos ligados.
Obrigado pela unidade entre todos nós.
Nós sabíamos que o Mundo tinha que mudar.
Obrigada por nos ajudares a minimizar tudo e nos dares a chance de construir o Mundo desde o início.
Este vírus é parte de nós, está entre nós, em nós... liga-nos a todos tanto fisicamente como energeticamente.
A gratidão apoia o sistema de imunidade mas também nos deixa ver coisas sob muitas perspectivas e fica ao nosso arbítrio qual a perspectiva que escolheremos, mas o melhor é estarmos atentos a todas elas.
Sê grato e consciente de que as coisas não voltarão a ser as mesmas outra vez."

"O MUNDO ESTÁ A MUDAR, AGORA!..."

Será uma visão demasiado optimista a que pretendemos?!... Para bem ou para mal, as coisas serão diferentes, depois de tudo isto passar e quando passar... Vai depender do Homem, (que somos todos nós), fazer as escolhas acertadas.





sábado, 21 de março de 2020

TEMPO DE ESPERA - O CORONAVÍRUS OU NÓS?!...





Lisboa... Cidade da moda nos roteiros turísticos... Baixa pombalina e uma das zonas com mais movimento da cidade... Hoje, estará ainda mais vazia que ontem. O Tejo, ao fundo, perguntar-se-á: " __ O que aconteceu às minhas gentes e às gentes de todo o Mundo que por aqui passavam?!..."






Nova York... Times Square... No coração da cidade que não dormia... De dia e de noite era o movimento constante de pessoas e carros. Hoje, está quase deserta. Vazia de turistas que se perdiam na multidão. Já não se ouve o movimento incessante dos carros. O som das sirenes dos carros da polícia, dos bombeiros e das ambulâncias que tão frequentemente se fazia ouvir neste centro nevrálgico de Manhattan, possivelmente, será menor... O vai-vem de piões atarefados no corre-corre do dia-a-dia cessou. Hoje, Times Square acorda adormecida, permanecendo quase deserta durante o dia e durante a noite... 




Paris, cidade charme... Capital da moda e do "glamour"... Em plenos Champs-Élysées... Fotografia tirada num Sábado, há uns meses, na altura das manifestações dos Gilets Jaunes... A circulação estava praticamente cortada ao trânsito e as pessoas eram poucas nesta bela avenida e coração da capital francesa... Cenário que possivelmente se repete neste momento, só que hoje estará ainda mais vazia de gente e de veículos automóveis do que então. Não há concentrações de pessoas, nem aqui, nem mesmo nas outras ruas de Paris; nas ruas das outras cidades da França inteira,  das vilas, das aldeias... O mesmo se vai repetindo noutras capitais e cidades da Europa e Mundo fora.

Na minha rua, zona periférica de Lisboa, em Portugal, o silêncio é mais pesado do que o habitual. É um silêncio estranho e que "aperta" o coração e os ouvidos. As pessoas vão respeitando as recomendações por todo o lado, embora ainda haja quem prevarique. Vai-se aguardando dentro de casa que a tormenta passe. É Primavera, mas chovia de madrugada. Lágrimas de uma Natureza que chora connosco, solidária com quem nela vive a expectativa do momento presente. A esta hora, o sol abriu, tal como a nossa esperança que não pode morrer. Mas tudo continua em suspenso...

Há uma Itália que sofre particularmente mas certamente que outros países se lhe seguirão se não aprendermos com ela como nos precaver. Os recursos são escassos, as solicitações são muitas por todo o mundo, e o problema não se restringe à Europa e à América do Norte onde as condições de vida e a riqueza dos estados são maiores. Que será quando chegar a África e à América latina?! No Brasil já se fala em estado de calamidade. Que será das suas favelas, aglomerados sem fim, onde as condições sanitárias não são a melhores?!... E que dizer numa África desprovida de tudo?!...

Há que reunir esforços. Exigem-se sacrifícios aos profissionais de saúde que estão para além da capacidade humana. Há uma corrida sem precedentes à descoberta de fármacos e da vacina ou vacinas que poderão ajudar nesta luta contra um inimigo comum de todos nós. É uma corrida a contra-relógio. É tempo de nos unirmos em torno de um objectivo e bem comum.

Não podemos baixar guarda, até mesmo dentro das nossas casas. Por enquanto, é uma luta desigual, mas sinais de esperança vão sendo dados. Uma China que já recupera; pessoas que já estão curadas; medicamentos que ainda não são a solução mas que parece terem algum resultado. Vamos continuar a esperar, sem pânico, pelos resultados de todos que estão empenhados nesta luta, para que as ruas, os parques e as praias se voltem a encher de novo.



      (Fotografias retiradas da NET)



sexta-feira, 20 de março de 2020

PRIMAVERA NUMA CRISE SEM PRECEDENTES





O Inverno acabou. Um inverno que nos trouxe angústias ao Presente e a incerteza do Futuro. Mas, hoje, segundo o calendário, a Primavera começou... É a renovação da vida, que para nós tem que ser também um momento de esperança de que tudo aquilo por que estamos a passar Mundo fora, seja ultrapassado o mais rapidamente possível e possamos dizer que a "nossa primavera" chegou. Até lá, vamos tendo força, ânimo e capacidade de entreajuda para superarmos esta prova a que o destino nos está a sujeitar.




(Imagem retirada do Pinterest)







quinta-feira, 19 de março de 2020

A PRIMAVERA CHEGOU - E A NOSSA QUANDO SERÁ?!...







O dia do início da Primavera antecipa-se para amanhã, dia 20 de Março, já que estamos em ano bissexto. Os pássaros dão-lhe as boas vindas. Mas o dia de hoje tem sido estranho. Comemorar a Primavera como? Ouvir as notícias abana-nos para nos despertar para uma realidade nova que está próxima de todos nós... Já não é só na longínqua Ásia que os números de infectados e de mortos vão aumentando. É na Europa, na América, na Austrália e em África que, a realidade de que vamos tomando conta diariamente, abala as suas populações... É um drama sem precedentes na história da Humanidade dada a rápida disseminação do Coronavírus à escala mundial. 

Os dias vão passando e ainda estamos meio atordoados com os factos que vão ocorrendo em catadupa, agora também à nossa porta. Não há previsão do que possa vir a acontecer. As pesquisas em busca de uma vacina ou a procura de uma medicação adequada, correm contra o tempo. Não há um fim à vista, para já. É o que se pode constatar, daquilo que vamos ouvindo e vendo através dos meios de comunicação. Os quais, na medida do possível, nos vão mantendo informados. Entretanto, esperamos a vacina que poderá ser a resolução do problema. Mas quanto tempo haverá que esperar? Muita coisa já tem sido feita e descoberta em tempo recorde... Trata-se de um vírus que nem ser vivo completo é, cuja cultura em laboratório não é fácil, muito menos seguir o seu desenvolvimento. E, para baralhar tudo ainda mais, aparece com as suas mutações... Mas, o Homem não desiste de lhe dar guerra, pesquisando e tomando medidas momento a momento para travar este novo inimigo. Não pode ceder... Tem que seguir à frente nessa corrida contra o tempo. E cabe a todos nós um papel nessa luta, ainda que seja a de cumprirmos o que nos é pedido por quem zela por todos...

Vou vivendo dentro de casa, ligada ao exterior apenas pelo telemóvel, a televisão e pelas conversas de quem saiu para ir trabalhar... Sinto a nostalgia dos dias de há tão pouco tempo atrás. Dou por mim a sorver, como uma esponja, gestos e coisas que, na vida do dia-a-dia, até aqui, me eram banais. Dou por mim a saborear aquilo que como com alguma contenção, pensando nos dias de racionamento que possam eventualmente vir. Dou por mim a pensar na mudança dos próximos tempos, no que vem aí para todos, durante e depois da crise... Mas, temos que pensar positivo e cuidar do dia de Hoje, mais do que nunca, para que ele seja a esperança num Futuro melhor que este Presente. 

Amanhã, começa a Primavera altura em que as flores resplandecem, o Mundo renasce para um despertar da Natureza que nada sabe dos nossos estados de alma, mas nos oferece as cores e o perfume das suas flores e o germinar de tenras plantas que são a promessa de nova vida. A vida que continua, enquanto que nós temos a nossa primavera adiada e sem data... Mas que há-de chegar ainda que seja sem data marcada. Aí sim, voltaremos a ter as nossas crianças a brincar nos parques, ao ar livre, nas praias, fora das quatro paredes, sem medo desse "papão" que se disfarça na sua ínfima dimensão e não conseguimos ver a olho nu. E, talvez tenhamos aprendido uma nova forma de viver, tirando partido daquilo que temos, por muito que nos falte.
  


(Fotos retiradas do Pinterest)




LAVAR AS MÃOS E O CORONAVÍRUS




Muito se tem escrito, falado e feito relacionado com a situação que vivemos neste momento, no país e no Mundo. É um assunto muito sério e preocupante que diz respeito a todos nós. As formas de o abordar têm sido do mais diverso tipo. Muita informação não tem fundamento científico e, obriga-nos a estar mais atentos e a ser selectivos, tanto quanto se consegue. Mas, sem dúvida, de que os meios de comunicação de que hoje dispomos são uma arma importante e fundamental neste combate que travamos e nos envolve a todos. É mesmo vital.

Muitas das formas de abordar tudo que se relaciona com este mal que se abateu sobre grande parte da Humanidade, são feitas de uma maneira formal, séria e extremamente importante. Mas, por vezes, há formas mais ligeiras para difundir a necessidade de assumir determinados comportamentos essenciais, como o é saber lavar as mãos. Esta, que me enviaram hoje por WhatsApp (um meio rápido e eficaz na difusão de informação, seja ela correcta ou incorrecta), é fenomenal... Se não, veja-se e ouça-se...





(Foto retirada da NET e vídeo recebido por WhatsApp)






quarta-feira, 18 de março de 2020

O NOSSO DIA-A-DIA E O CORONAVÍRUS





Até aos dias de hoje a vida não tem sido igual para todos. E, vai continuar a não ser, certamente. Mas, hoje, temos que viver com uma realidade que, afecta todos, sem excepção __ a ameaça do Coronavírus.

Tal como muitos outros portuguesas e portugueses, hoje, ganhei coragem para ir ao supermercado. Havia falta de muita coisa nas prateleiras. As entradas nos estabelecimentos são controladas. Espera-se cá fora, em filas mais ou menos longas em que as pessoas estão espaçadas uma a uma. O ambiente é de calma e de paciência. Sente-se que, dentro das possibilidades, as pessoas vão cumprindo. É estranho ver algumas delas com máscaras postas e de luvas plásticas calçadas. Também fui equipada. Como não tinha máscara levei uma echarpe que, dentro do estabelecimento, enrolei em torno da cabeça de modo a tapar a boca e o nariz.

Mas senti-me atrapalhada... Põe luva, tira luva, o lenço que escorrega, os óculos que descaem... Uma confusão... E, pergunto-me: __ Quanta segurança dá realmente?!... E o porta-moedas, como tirá-lo da carteira... e o cartão como tirá-lo do porta-moedas... e as teclas do Multibanco; e a chave do carro; o abrir do porta-malas; o pôr os sacos dentro dele; o repôr, o carrinho das compras vazio, no lugar... E a mala, e o volante, agora de volta a casa e depois das trapalhadas com as luvas; pega com a direita, pega com a esquerda... 

E, as embalagens, que fazer com elas?!... O melhor é pô-las de quarentena ao chegar a casa. Mas quanto tempo tem de vida o Coronavírus sobre o plástico, o metal, o vidro, o papel?!... Tabelas há. E certezas também?!... 




Confesso. Não me senti nada confortável.  As pessoas tinham semblantes carregados e apreensivos. Eu senti-me incomodada e deslocada, sem querer acreditar naquilo em que muitos vão acreditando de que estamos num cenário como se de uma guerra se tratasse. 

Lavar as mãos segundo as regras, quando cheguei a casa, lavei. E o resto? Ao falar com amigas, queixaram-se do mesmo. Queixámo-nos dessa sensação estranha que no dia de hoje foi fazer compras nos supermercados, já que, para além das farmácias e mercearias, a maioria dos outros espaços comerciais estão fechados.

É espantoso como, estas pequenas coisas do nosso pequeno mundo do dia-a-dia a que nós tão pouca importância damos, se podem avolumar deste modo... Tudo é um quebra-cabeças. Vamos esperar que, pela lei das probabilidades, tenhamos a sorte de não nos cruzarmos com alguém infectado e em fase de contágio; que as caixas, latas e embalagens que chegaram às prateleiras de onde as tirámos não tenham passado por mãos contaminadas com o vírus ao longo da cadeia que seguem até chegarem às nossas próprias mãos. Porque, para quem tem que sair de casa para ir trabalhar ou fazer compras, isto é uma verdadeira roleta que nos deixa um pouco desnorteados. E sorte temos por ainda podermos fazer isso. Há quem não possa sair, quem não possa ir ao supermercado abastecer-se, quem não tenha as luvas cujo uso tanta confusão traz. Neste momento, tudo o que nos espera é uma incógnita, mas não podemos entrar em histeria nem em desespero... 

Entretanto, todos aqueles que puderem, vão ficando em casa de quarentena. Palavra estranha para quem está de saúde... mas ele anda aí à solta e, quanto menos se esperar, ainda nos pode vir bater à porta. É assim que, se quisermos ir dar de comer aos pombos, só temos como alternativa isto: 



...sempre nos dá a sensação de que estamos num qualquer banco de jardim ao ar livre. Será brincar com a situação?!... Mas a realidade é a de que, durante um período indeterminado, vamos ter tempo para pôr a nossa imaginação à prova e ocupar-nos com aquilo que pudermos e tivermos à mão. Para não falar no trabalho acrescido de quem tem crianças a seu cargo ou pessoas a quem dar assistência.

A música também pode ser um escape, mesmo quando melancólica e bonita como esta, servindo para um momento de pausa.




(Imagens retiradas da NET e vídeos enviados por WhatsApp)



A ARTE RUPESTRE E O DESESPERO DE SE ESTAR FECHADO EM CASA...










"Fiquem tranquilos. Com 15 dias de escolas fechadas, as mães vão desenvolver as vacinas!", diz a mensagem que hoje me chegou a acompanhar estas fotografias. Sem dúvida, apesar da gravidade da situação, o humor é uma forma de procurar atenuar as nossas preocupações e ansiedades. Ansiedades essas acrescidas, para quem tem filhos pequenos em casa sem poderem sair à rua, pelos desaires e situações caricatas que sempre vão aparecendo. Por isso, a todos os pais fechados entre quatro paredes com os seus rebentos, lhes é pedido um reforço de paciência e bom humor a par das latas de leite em pó, papas, boiões de legumes e carne prontos a consumir...

Mas nem sempre só as situações de crise generalizada provocam este "cataclismo" que é ter crianças pequenas fechadas em casa. O problema já vem de longe e dos tempos de paz e sem crises a nível nacional e mundial...

Lembro-me bem daquele dia em que estava na sala ao telefone com uma amiga e do "hall" de entrada ouvia insistentemente: Ah um! Ah dois! Ah três!... Ah um! Ah dois!Ah três!... E a lengalenga continuava até que desliguei e fui ver o que se passava. Qual não foi o meu espanto ao ver a nova decoração das paredes... É que a cada Ah um! Ah dois!... correspondia um traço a lápis de cera na parede ( e acreditem que não há pior para se limpar e procurar que volte a ficar sem vestígios). Sorte a minha que ele só sabia contar até três a um ritmo cadenciado e lento. Imagine-se que contava até cem e rápido... Resultado: Tive que colar na parede do quarto dele um papel de cenário para que aí se entretivesse a fazer os seus "grafiti" a seu belo prazer. Escusado será dizer que quando chegava alguém a casa, pegava-lhe na mão e conduzia-o ao seu quarto para lhe mostrar a sua obra mural. Ainda bem que não se sentia um Diego Rivera, se não tínhamos arte até ao teto do quarto...

Também, para evitar desastres com papéis e revistas que não eram para mexer, me lembrei de arranjar um cesto com revistas velhas a que ele tinha acesso e a que podia fazer o de bem entendesse: rasgar escrevinhar ou o diabo a sete. Não sei se foi por acaso, mas resultou. 

Aqui ficam duas sugestões para as desesperadas mães que por estes dias têm que encarar com os seus pequenos artistas de palmo e meio dentro de casa e com as quais estou perfeitamente solidária. De uma mãe que já soube o que é ter-se em casa um potencial "artista do disparate", como quase todos são nesta fase da vida, mas que acaba por nos deixar saudades...





(Imagens retiradas da NET)




segunda-feira, 16 de março de 2020

DESPERTAR EM PORTUGAL... UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA



(Imagem da Península Ibérica vista do Espaço - Portugal e Espanha)


É de madrugada. Ouve-se o silêncio, cortado pelo chilreado intermitente de pássaros que anunciam a vinda de um novo dia. Dia cheio de incertezas e que nos obriga a pensar nele com alguma inquietação... 

A Primavera está à porta. O Mundo está em suspenso e vai parando para muitos de nós. Os silêncios adensam-se. Uma situação nova, para a grande maioria, aperta-nos o peito, desencadeia o medo, o receio pelo futuro próximo e mais longínquo, mas também a esperança no despertar do que de melhor há no Homem. As pessoas dão-se as mãos sem se tocarem. A responsabilidade por cada um de nós e pelos outros desperta e vai aumentando. Fazer, apoiar, viver em comum mas à distância, na preocupação constante de como vai ser hoje, cada dia, cada hora, vai sendo uma necessidade que a todos diz respeito. Ouvem-se as notícias, recolhemo-nos nos nossos pequenos mundos, sem nos alhearmos do grande... Por todo o Mundo se vai espalhando a guerra a esse novo inimigo microscópico que passa além fronteiras e leva o Homem a serrar fileiras. 

Para muitos só se pede que se recolham em casa, nos seus afazeres. Para muitos é um momento de reflexão, de se reorganizar e de pensar naquilo que é realmente importante na vida. Há quem seja chamado à linha da frente, em missão de paz e de ajuda aos outros... Para muitos desses não há parança, o tempo não chega e obriga a uma luta intensa e contínua. Para eles, todo o reconhecimento e apoio são poucos. São a engrenagem que mantem esta máquina, que é a moderna sociedade humana, em movimento. Engrenagem em que cada elemento é necessário para que o silêncio da noite e o despertar dos pássaros sejam uma promessa de um novo despertar nesta Primavera. Numa consciência de que não estamos sós nesta viagem e de que, se queremos ir em frente, temos que repensar a nossa forma de viver. Nada será como dantes. O que nos espera, não sabemos. Para já, temos que pensar neste dia que desperta do silêncio da noite acompanhado do piado de pássaros... A Primavera anuncia-se. É o despertar da Natureza e, quem sabe, do Homem também?!...