sexta-feira, 29 de abril de 2022

RETRATO - OS RECURSOS DE QUE NOS PODEMOS VALER TÊM VARIADO AO LONGO DO TEMPO







Mais um trabalho feito com o apoio de uma fotocópia. Só que, em vez de partir da fotocópia da fotografia directamente, como tenho feito normalmente, recorri a um dos programas de tratamento de imagem que estão disponíveis na Internet e que é o "Sketch Photo". E foi com base numa imagem nele obtida que passei para o papel os principais traços a partir dos quais desenvolvi o trabalho. Por vezes, pergunto-me se esta "batota" a que recorro, quando se trata de retrato em que o rigor é mais exigido, será muito "legítima"...



 

Mas, a resposta veio com esta imagem. Este desenho representa uma das ferramentas a que, os pintores recorriam, por vezes, para reproduzir um modelo.

Grandes mestres até mesmo Vermmer, um dos génios da Pintura que eu adoro, usavam uma câmara escura para ter uma melhor ideia da composição dos seus quadros... Ferramentas que permitiam fazer trabalhos, nomeadamente retratos, com muito mais rigor. Na altura, era aquilo de que se dispunha. Hoje, temos os telemóveis, as fotocópias, a ajuda de programas específicos da Internet que não existiam em épocas passadas. Assim sendo, porque não podemos nós também recorrer àquilo que temos, para realizar os nossos trabalhos?

O recurso a estas "batotas" tira valor aos trabalhos?!... Sem dúvida de que não será a mesma coisa do que olhar para um modelo e o reproduzir directamente na tela ou no papel utilizando apenas os nossos olhos e o pincel ou o lápis. Mas, se temos estes meios à nossa disposição, porque não utilizá-los para facilitar o nosso trabalho e nos concentrarmos naquilo que se faz posteriormente?!... Os volumes, a expressão, as texturas... aí, sim, já é bem mais nosso. Até porque só pretendemos fazer estes exercícios pelo prazer que dão e testar o nossos limites. 

Assim, estes instrumentos valerão por tudo o que permitem fazer posteriormente; pela rapidez de execução do trabalho e pelo maior rigor conseguido...






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