domingo, 17 de maio de 2020

MÊS DE MAIO - MÊS DE MARIA...



Nossa Senhora, pintada pela Tia Maria do Céu



A devoção e sentimento no Mês de Maria, acompanha-nos em momentos de aflição. Há-de acompanhar-nos, agora, que todos nós estamos sem saber o que fazer perante este inimigo invisível que é o COVID-19.

Em todos os tempos da Humanidade, o Homem, se virou para o Divino, qualquer que fosse o seu nome, para explicar o inexplicável. Hoje, a Ciência explica muito daquilo que antes era um mistério e que passou ao explicável. Mas há coisas que a Ciência não explica __ o que é isso da Fé; __ o que vem para além da Vida na Terra. Enquanto tal, vamos tendo fé na Ciência e Fé. Para nós cristãos, fé na Família de Maria, mãe de Deus, qualquer que seja a língua em que a cantemos e o local em que vivamos. 


Tantas formas há de cantar a nossa Fé e de a viver...  




Se é cantada por Renate Lampe ou Helen Fisher pouco importa... 
o que importa é a mensagem que esta canção passa...
A beleza que é posta em toda a sua interpretação. 

Avé Maria!

Longa é a estrada durante a noite

Existem muitos caminhos para as estrelas
E cada um procura uma mão que o ampare
Talvez alguém esteja tão triste como você
Vá até ele...
Destranque a sua porta esta noite
E abra bem o seu coração
E deixe os outros sentirem todo o seu calor
Nesta época fria do ano...

Avé Maria!






Não sei o título desta canção, não sei quem canta, sei apenas que é uma canção de amor, por quem, por quê, não sei. Apenas sei que é de uma beleza extrema, cantada em Barcelona, na Catedral da Sagrada Família que ficou incompleta e foi projectada por Gaudí. Talvez porque a graça que devemos à Sagrada Família não tenha fim...

Embora, a devoção a Maria mãe de Deus e ao Senhor, possa ser cantada nas mais diversas versões, estas duas canções encantam-nos pela beleza e sentimento, ainda mesmo que desconheçamos a língua e não saibamos exactamente a quem se destinam...




terça-feira, 12 de maio de 2020

AFIA-LÁPIS E RECOMEÇO...





Abril 2020


O gosto pela escrita e pelo desenho têm-me acompanhado a vida toda. Hoje, atrevo-me a pôr no papel e na NET aquilo que mais gosto de fazer, apesar de ter consciência das minhas limitações. Mas não deixo de partilhar os meus rabiscos, ainda que mais não seja para ter acesso a eles, desde que tenha um computador, um tablet ou um telemóvel.





Por vezes, descrevemos círculos em torno dos quais é difícil sair. Mas, as mais das vezes, escrevemos sempre a direito na ponta do lápis. Seguímo-lo enquanto vai descrevendo as linhas de suporte de um texto ou de um desenho que vai surgindo do nada e, se calhar, a nada conduz.




Tal como na vida, escrever e apagar os erros, quem não o faz ao longo do tempo?!... O problema está em se usar demasiado a borracha.  




Escrevemos, escrevemos, até que a ponta do lápis se reduz e deixa de escrever... mas também para isso há remédio __ usar o afia-lápis e recomeçar. Enquanto tivermos lápis, sempre o podemos afiar. Até que um dia, nem lápis, nem borracha, nem nada... Fica então na nossa imaginação e na nossa memória, a lembrança dos lápis, das borrachas e dos afia-lápis que idealizámos...


Acima de tudo, não podemos esquecer o nosso apara-lápis para continuarmos a escrever, enquanto tivermos lápis e imaginação para o fazer. Mais tarde, podemos rever-nos nessa escrita, nesses rabiscos, nesses esboços...

Sim, quero o meu apara-lápis para poder recomeçar; não quero gastar demasiada borracha por ter errado demasiado, mas não quero deixar de escrever... e sim, recomeçar de novo, se necessário, enquanto o impulso e o gosto assim o ditarem. Porque a borracha não serve só para corrigir o que está errado, mas dar luz e esbater o traço daquilo que desenhamos, escrevemos ou colorimos... E, muitas vezes, até mesmo a tesoura é útil porque corta o que está a mais...






E, quanto à informática e às modernas tecnologias, podemos viver sem elas?!... Podemos... mas também nos permitem fazer coisas "giras" como esta:




sábado, 9 de maio de 2020

ALGUMAS PALAVRAS SÁBIAS PARA UMA VIDA EQUILIBRADA E SÃ









Palavras sábias que me chegaram através do WhatsApp, enviadas por uma amiga. Poderiam ter sido enviadas por quem já partiu e que, com a sua experiência de vida, nos foi deixando o seu legado.

Tudo na vida é relativo. Do pouco se faz muito, do muito se faz pouco ou nada. Do pequeno se faz grande, do grande se faz pequeno. Observemos estes "mandamentos" para a vida de um ser humano completo, feliz e equilibrado. São maneiras de ver a vida compiladas duma forma tranquila e única.

Para todos que não dominem a língua francesa, aqui vai a tradução possível de nove dos vinte e quatro pontos, aqueles que achei mais interessantes para mim, neste momento. E também para não ser demasiado exaustiva ao traduzi-los todos. Vale a pena lê-los, ouvi-los e relê-los, são palavras sábias, para que possamos aproveitar a vida enquanto o pudermos fazer, de uma forma equilibrada e sã. Já que a lista é demasiado grande, (24 pontos... todos eles importantes!), vamos tentando pô-la em prática devagarinho. E façamos de HOJE um dia mais completo e cheio. 

1- "Faça uma caminhada quotidiana de 10 a 30 minutos e durante esse tempo sorria, é o melhor antidepressivo."
6- "Faça sorrir pelo menos três pessoas por dia."
7- "Invista a maior parte da sua energia positiva no momento presente."
9- "A vida não é justa mas não deixa de ser bela."
13-"Você não pode mudar o passado, mas o presente está nas suas mãos."
14-"Ninguém é responsável pela sua felicidade a não ser você mesmo."
16-"Pense nas suas contrariedades perguntando-se a si próprio:__"será que isto será assim tão importante daqui a cinco anos?!""
18-"O que os outros pensam de você, não é uma prioridade."
24-"Cultive o lado positivo das coisas e o resto acontecerá por si."







quinta-feira, 7 de maio de 2020

VIVER É UMA ROLETA / VIVER É ARRISCAR







Cada dia é um novo recomeçar... Uma roleta em que não sabemos a sorte que nos vai calhar. HOJE, mais do que nunca assim é... As incertezas são muitas.

Ontem, soube da morte de um homem relativamente jovem que, partiu o coração de quem deixou, ao morrer de COVID-19.

Anteontem, soube que, um jovem da idade do meu filho, tem um cancro que, possivelmente, será  controlado e ultrapassado apesar da sua jovem idade, graças àquilo que a Ciência já conhece.



Ainda há muito pouco tempo, todos tínhamos medo de sair de casa. Era aplaudido, e merecidamente, quem saía de casa por força das circunstâncias, para que a sociedade e os outros sobrevivessem, com a sua dedicação e entrega a ponto de eles próprios poderem perder a vida nessa luta contra um inimigo invisível que se desconhecia por completo. 

Hoje, ele continua aí, pouco se continua a saber sobre ele, mas questões económicas gritaram mais alto,  já que os países e as sociedades não podem parar. Há que correr o risco. Só que a memória dos homens é curta e, assim que foi ditado o desconfinamento tudo esqueceu (ou será que não?!...). Vamos continuar a ter os cuidados exigidos? Vamos alterar as nossas rotinas? Vamos mudar o Mundo para, como se dizia, o tornar melhor e mais justo? Ou será que passada a pandemia  tudo volta ao mesmo? Vamos esperar para ver... Até porque a vida é uma roleta e sem se arriscar nunca se irá saber.

Agora, uma coisa é certa, tudo continua a depender de cada um de nós, da responsabilidade de todos para que possamos contribuir para a nossa boa sorte e mudarmos um pouquinho o Mundo, ainda que nos tenhamos que limitar àquele que nos fica mais perto, aquele em que nos movimentamos no nosso dia-a-dia. Sim, esse podemos mudar e depende exclusivamente da nossa vontade.



terça-feira, 5 de maio de 2020

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA - FOLHAS E TELAS EM BRANCO...



Sonho alguma vez realizado?!...


Ontem, dia 5 de Maio de 2020, passou a comemorar-se mais uma nova data __ o Dia Mundial da Língua Portuguesa...

Ontem, foi dia de escrever Português por todo o Mundo, a começar cá por casa. Tenho a mania de ir rabiscando. Sem ter a pretensão de o fazer como uma escritora, tal como não sou pintora, vou-me atrevendo a estes rabiscos que me dão prazer, me soltam a alma e, (quem sabe?!...), possam fazer eco em alguém para além de mim.

Quando a palavra ou a imagem é demasiado repetitiva ou estereotipada deixa de ter o mesmo interesse. A palavra para ser palavra tem que ter cheiro, cor, ser autêntica e ter um fundo de verdade, um fundo daquilo que é o autor.

Para se desenhar é preciso desenhar, desenhar, desenhar e voltar a desenhar para se conseguir chegar onde o nosso engenho e capacidade deixarem. O mesmo se pode dizer com a escrita. É esse treino e essa entrega que os tornam únicos qualquer que seja a palavra ou o desenho rabiscado; que faz com que a palavra não seja uma repetição decalcada do já dito; que faz com que um desenho tenha a assinatura do autor mesmo antes de assinado. 

É preciso ter-se o dom e a ousadia para expôr a alma, o sentimento, para que ambos consigam chegar a quem os observa e lê. A sua interpretação não é necessariamente igual, variando com a altura em que é feita a leitura, a observação e a interiorização da mensagem, o que também depende do leitor e do observador que interpreta essa tal mensagem que se quis passar.

A mensagem de quem escreve, pinta, desenha ou esculpe, está na cabeça do autor que não pode ser apenas uma máquina de reproduzir, tem que ter alma e o seu cunho pessoal, levar a várias leituras, a várias variáveis,  a cambiantes que, por seu lado, variam também com o nosso estado de espírito, com os nossos hábitos de leitura, com as nossas experiências anteriores e, essa coisa que é, muitas vezes, o "primeiro estranha-se, depois entranha-se", para que tudo possa fazer o sentido possível e que alguma mensagem possa seguir. Ainda que seja a do vazio e do silêncio. Aí está a originalidade do trabalho.






Um sonho que se desfaz ou mantem a chama antiga agora renovada?!... 



Tempo de espera para que o sonho se realize ou fique na ilusão da sua realização... 
Sem título...


Um livro aberto e vazio de letras, uma tela por pintar, desafios a enfrentar... Sentimentos, traços e letras que se misturam numa amálgama de desenhos e palavras que valem pelo prazer que dão ao serem desenhados e escritos, ou escritos e desenhados, num impulso que se gosta de partilhar... 






"GUERNICA" - EXCLUSIVIDADE DE UM QUADRO - O QUE O TORNA TÃO ESPECIAL..







"Guernica", uma das obras mais famosas de Pablo Picasso, foi pintada a óleo em 1937. É uma declaração de guerra contra a guerra e um manifesto contra a violência. 


"Guernica" tem 349,3 cm de altura por 776,6 cm de largura

Em 2017, o Museu Reina Sofía comemora também os 25 anos que marcam a chegada do quadro à instituição


O cuidado posto da sua conservação

Ao apresentar Guernica na abertura da Exposição Internacional de Paris, em 1937, Pablo Picasso (1881–1973) alertou: "Não é uma pintura de bom gosto para decorar apartamentos. Ela é uma arma de ataque e defesa contra um inimigo terrível chamado fascismo." Na verdade é um conjunto de imagens aparentemente desconexas e horrendas que representam isso mesmo, os horrores da guerra sangrenta e da ditadura franquista...



Esta outra obra feita a partir de uma cópia, qualquer que ela seja, nunca terá a exclusividade dum quadro como Guernica de Picasso, já que é feita mecanicamente e é a reprodução de algo já criado por alguém, apesar de impressionar pelo seu tamanho, rigor e velocidade de execução .
Então, o que torna uma obra única?!... A sua exclusividade, seja feita por uma criança ou por um adulto. Às vezes, como aconteceu com Picasso, é preciso saber fazer para desconstruir e transmitir uma mensagem única duma forma genuína, que sendo bem lida nos consegue transmitir algo da sua mensagem inicial, mesmo que não corresponda inteiramente ao idealizado pelo autor. Saber ler nas entre-linhas, também é importante, sobretudo se formos orientados por quem estudou a obra e, acima de tudo, se gostarmos ou não daquilo que conseguimos ler ou ver, independentemente de todos os títulos e orientações, que ajudam mas, não explicam porque gostamos ou não de um trabalho, qualquer que seja o sentimento que nos desperta. Casos há em que aprendemos a gostar depois de sabermos qual o sentido que se pretendia com a execução do quadro qualquer que seja a sua dimensão.




  (Imagens e informações retiradas da NET; vídeos enviados por WhatsApp)





segunda-feira, 4 de maio de 2020

A FORÇA DO NOSSO GRITO ESTÁ NO ECO DE QUEM O OUVE





"Em tempo de poucas palavras sejamos poesia na vida de alguém"... Para além da nossa voz, oiçamos quem está do lado de lá. Gentes sozinhas desejosas de se soltar e de ouvir o grito que as cumprimenta; gentes que têm os seus entes queridos do lado de cá mas não os ouvem; gentes que não ouvem os gritos, porque embora não sejam surdas, não têm quem grite para elas... (e são tantas essas gentes!...); gentes que são surdas aos gritos que são lançados porque, pela força do hábito, pensam que os gritos não são para elas e, por isso, não dão resposta;  gentes que respondem a qualquer grito, tal é a ânsia de companhia; gentes que não respondem porque estão bem assim; e, ainda, gentes que devolvem o grito na esperança de serem salvas do silêncio a que foram votadas, porque já ninguém grita por elas em busca do seu eco. 

Felizmente, para a maioria, não é assim e basta um pequeno sussurro para ouvirmos o seu eco na esperança de que breve, breve nos possamos juntar e  de que já não seja necessário eco para anunciarmos a nossa presença de um e de outro lado. Por isso, não desistamos de procurar ouvir o eco de quem está confinado há tanto tempo na sua solidão e que, (quem sabe?!..), hoje possa ter mais alguém que grite também para elas à espera de ouvir o seu eco... 




Que impere o bom senso e a sabedoria dos mais velhos. Mais velhos que tantas vezes são deixados entregues a si mesmos ou, o que é pior, ao abandono. Agora, ainda mais pela força das circunstâncias e pelo medo do que lhes possa acontecer, (quaisquer que sejam a razões), mantê-mo-los à distância. Por quanto tempo?!... Ficamos ao sabor das decisões que se vão tomando à medida que se vai conhecendo o virus que nos assusta e incute medo, sobretudo e precisamente, pelos mais velhos. Porem, aprendamos com eles as lições de vida que eles nos podem ensinar, antes que seja tarde de mais... Procuremos tempo para eles, para ouvir os sussurros e palavras doces pelos tempos que já passámos e temos o privilégio de continuar a passar. Não adiemos os nossos ecos de tempos que não voltam mais.    


  

sábado, 2 de maio de 2020

DIA DA MÃE em 2020




Que o olhar da nossa mãe nos possa acompanhar sempre. 
A nossa mãe do Céu e a da Terra.


Quantos, hoje, não as vemos à distância ou já não as temos. Quanta vontade de as abraçar e de correr para os seus braços. Braços que estão sempre abertos ainda mesmo que não os vejamos. Sou das criaturas privilegiadas que querem acreditar na mãe do Céu e que podem abraçar a da Terra, ainda que tenha que ultrapassar as barreiras do socialmente aconselhável, desde que respeite as normas de protecção mínimas, já que a vida é uma roleta na qual, por vezes, temos que acreditar que só desta vez não há-de ser nada.

Dia da Mãe é todos os dias, mas o de HOJE, é mais que todos. É a altura em que todas as mães são (ou deveriam ser) lembradas, acarinhadas e surpreendidas, tal como sempre o fizeram connosco, com o seu olhar vigilante que nos acompanha sempre, qualquer que seja a nossa maneira de ser, o nosso comportamento e atitude. Olhar que perdoa, que recebe o(a) filho(a) que parte e que chega dizendo: __"Quero ir para os braços da minha mãe", tal como diz a canção.

Do longe se faz perto. De perto, podemos não cair nos seus braços, mas dizer-lhe nos olhos: __"Mãe, gosto tanto de si!" E é HOJE, não importa onde ela esteja, como ela esteja ou o que ela seja. É HOJE que temos a certeza de que ela existiu para nós, tenhamos ou não saído do seu ventre. Fomos criados pela memória do seu carinho, qualquer que tenha sido o caminho que tenhamos escolhido. Por isso, aqui estamos a dizer-lhe: __" Mãe dê-nos o seu colinho, os seus braços, o seu carinho..." Mãe do Céu e mãe da Terra. Neste mês que é o Vosso __ o mês de Maria, Maria mãe de Deus, Maria nossa mãe. Enquanto que, à nossa mãe da Terra, devemos-lhe a resposta do seu olhar, longe ou perto, mesmo de máscara no rosto...





(VÍdeo retirado do Youtube)






sexta-feira, 1 de maio de 2020

PRIMEIRO DE MAIO DE 2020...





Maio amanheceu assim... Promessa de um novo dia de Primavera. O Dia do Trabalhador que se comemora um pouco por todo o Mundo, é também o início do mês de Maria que, sob diversos nomes, se comemora também nas diferentes terras do Mundo.



"Passagem do testemunho - 1 de Maio de 2020"


Diferente de todos os outros primeiro de Maio em Portugal livre, desde o 25 de Abril, este foi para a maioria dos portugueses celebrado confinados em suas casas, mas, podendo assistir às festividades através da televisão. Uma delas desenrolou-se ao ar livre com distância social, numa espécie de parada, em que a regra do afastamento das pessoas quase que era geométrica, tendo lugar na grande Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa, entre a Fonte Luminosa e o Instituto Superior Técnico. Compareceram apenas os portugueses em número suficiente para encher o espaço da Alameda. O que foi impressionante. Noutros países, não sei como foi, porque não estive atenta.

Para mim, também foi um dia diferente. Soube da notícia da morte de um homem relativamente novo que há uns meses parecia vender saúde e que, ontem, partiu sem ser por COVID-19, mas por causa de uma doença que já está quase dominada, mas que ainda mata __ o cancro. 

Tomei consciência de que, o Zé Ninguém de que tanto gosto pelo homem que foi e tanto significado tem na minha vida, partiu, fez ontem precisamente 18 anos.

Senti a tristeza pela falta de entusiasmo e de vontade de continuar a leccionar, de professoras que têm atravessado mudança atrás de mudança... mas que, HOJE, estarão a ultrapassar uma das mudanças mais drásticas do ensino em Portugal. Vai depender, agora, do bom senso das autoridades e da nova sociedade que vem aí, fazer com que todo este sacrifício possa valer a pena. E que, de facto, o ensino à distância e de contacto possam coexistir duma forma realmente democrática, sendo dada uma nova oportunidade a novos e velhos no seu direito à educação, coisa que se pede aos homens e às mulheres e a que todos devem ter acesso, quer dentro como fora de portas.

Para terminar, festejei-o cozinhando um almoço e um jantar em que juntei aquilo que me foi sendo ensinado ao longo dos tempos; mais o que me ensinou uma amiga através do WhatsApp e, ontem, a namorada do meu filho que almoçou connosco. De todas as coisas que aprendi, a mais importante, foi a de que para cozinhar é preciso ter a noção dos tempos, tal como na vida... É preciso gostar e estar atento ao que se faz; é preciso ter-se paciência e pensar-se com antecedência nos pormenores da receita; é preciso organização mas também capacidade de improviso... Tudo isto, para se obterem bons resultados no final. Acima de tudo AMOR e ENTREGA. É também disso que nós portugueses precisamos, enquanto povo __ o que se estende a toda a Humanidade.                         



Um fado bem português, cantando Lisboa cidade do Mundo e, sobretudo, nossa...
Numa homenagem a esse senhor do fado que será sempre Carlos do Carmo.



(Vídeo enviado por WhatsApp e revisão de texto por Lourdes Vitorino)







A SEMENTE DO TAMARINDO E AS NÊSPERAS...




Semente de tamarindo guardado na caixa dos beijinhos...


tamarindo: fruto
(Imagem retirada da NET)


A Lourdinhas não conhecia o fruto, não terá chegado a conhecer, porque só teve acesso a uma semente __ a semente de tamarindo. Mas conhece bem a alfarroba que lhe é muito semelhante. Quem em África viveu conheceu bem o tamarindo. É uma planta que teve origem nas planícies da savana africana, mas que é plantada noutras zonas tropicais do Globo terrestre. Os tamarindos encontram-se naturalmente na Natureza. Mas nós, estamos numa zona temperada, por isso, guardámos estas sementes de tamarindo, que talvez sejam das últimas a ser importadas para Portugal ... Ficando assim como recordação de uma planta que não virá mais para a Europa ou como o sonho de o fazer reproduzir por cá.



Três sementes por cada um de nós...



Umas quantas sementes guardadas (no cãozinho dos segredos do Pedro...) 
por quem comeu tamarindos pela primeira vez


Uma semente por quem nunca comeu tamarindo e talvez nunca venha a saber como é...


Diz-se que dá sorte quando se come um fruto pela primeira vez... Só se tem que fechar os olhos e formular um desejo, sem o contar a ninguém, para que ele se realize.... Quem sabe, um dia, venhamos a comer tamarindos destas sementes e haja mais quem possa formular o seu desejo?!...

A nêspera originária da Índia dar-se-á em todos os territórios em que se encontraram os portugueses que foram daqui além mar, espalhando-se por todo o Mundo... e o tamarindo?!...

Já não seria a primeira vez que comia um tamarindo, Mas, se fosse, formularia o desejo de o poder comer sem que fosse importado de África, América do Sul ou Índia. Entretanto, vamo-nos ficando pelas nêsperas que são naturais de cá, mas também existem em África, na Ásia e em todos os continentes. Quem sabe, o tamarindo não virá importado através da sua semente, para ficar, adaptando-se a um novo habitat?!... Evitando-se assim, o transporte tal como é feito, hoje, para que possamos comer tamarindos. Se não, ficamo-nos pelas nêsperas que tanto existem em África como na Europa onde nós nos encontramos...



Semente de tamarindo e de nêspera