sábado, 21 de março de 2020

TEMPO DE ESPERA - O CORONAVÍRUS OU NÓS?!...





Lisboa... Cidade da moda nos roteiros turísticos... Baixa pombalina e uma das zonas com mais movimento da cidade... Hoje, estará ainda mais vazia que ontem. O Tejo, ao fundo, perguntar-se-á: " __ O que aconteceu às minhas gentes e às gentes de todo o Mundo que por aqui passavam?!..."






Nova York... Times Square... No coração da cidade que não dormia... De dia e de noite era o movimento constante de pessoas e carros. Hoje, está quase deserta. Vazia de turistas que se perdiam na multidão. Já não se ouve o movimento incessante dos carros. O som das sirenes dos carros da polícia, dos bombeiros e das ambulâncias que tão frequentemente se fazia ouvir neste centro nevrálgico de Manhattan, possivelmente, será menor... O vai-vem de piões atarefados no corre-corre do dia-a-dia cessou. Hoje, Times Square acorda adormecida, permanecendo quase deserta durante o dia e durante a noite... 




Paris, cidade charme... Capital da moda e do "glamour"... Em plenos Champs-Élysées... Fotografia tirada num Sábado, há uns meses, na altura das manifestações dos Gilets Jaunes... A circulação estava praticamente cortada ao trânsito e as pessoas eram poucas nesta bela avenida e coração da capital francesa... Cenário que possivelmente se repete neste momento, só que hoje estará ainda mais vazia de gente e de veículos automóveis do que então. Não há concentrações de pessoas, nem aqui, nem mesmo nas outras ruas de Paris; nas ruas das outras cidades da França inteira,  das vilas, das aldeias... O mesmo se vai repetindo noutras capitais e cidades da Europa e Mundo fora.

Na minha rua, zona periférica de Lisboa, em Portugal, o silêncio é mais pesado do que o habitual. É um silêncio estranho e que "aperta" o coração e os ouvidos. As pessoas vão respeitando as recomendações por todo o lado, embora ainda haja quem prevarique. Vai-se aguardando dentro de casa que a tormenta passe. É Primavera, mas chovia de madrugada. Lágrimas de uma Natureza que chora connosco, solidária com quem nela vive a expectativa do momento presente. A esta hora, o sol abriu, tal como a nossa esperança que não pode morrer. Mas tudo continua em suspenso...

Há uma Itália que sofre particularmente mas certamente que outros países se lhe seguirão se não aprendermos com ela como nos precaver. Os recursos são escassos, as solicitações são muitas por todo o mundo, e o problema não se restringe à Europa e à América do Norte onde as condições de vida e a riqueza dos estados são maiores. Que será quando chegar a África e à América latina?! No Brasil já se fala em estado de calamidade. Que será das suas favelas, aglomerados sem fim, onde as condições sanitárias não são a melhores?!... E que dizer numa África desprovida de tudo?!...

Há que reunir esforços. Exigem-se sacrifícios aos profissionais de saúde que estão para além da capacidade humana. Há uma corrida sem precedentes à descoberta de fármacos e da vacina ou vacinas que poderão ajudar nesta luta contra um inimigo comum de todos nós. É uma corrida a contra-relógio. É tempo de nos unirmos em torno de um objectivo e bem comum.

Não podemos baixar guarda, até mesmo dentro das nossas casas. Por enquanto, é uma luta desigual, mas sinais de esperança vão sendo dados. Uma China que já recupera; pessoas que já estão curadas; medicamentos que ainda não são a solução mas que parece terem algum resultado. Vamos continuar a esperar, sem pânico, pelos resultados de todos que estão empenhados nesta luta, para que as ruas, os parques e as praias se voltem a encher de novo.



      (Fotografias retiradas da NET)



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