A casa dos Avós
Subimos aqueles degraus com um corrimão já desgastado pelo tempo para uma última estadia… Estivemos com umas primas que já há que tempos não víamos e tinham em comum connosco tantas vivências de outros tempos… Abrimos os álbuns com algumas das fotografias já um pouco amarelecidas… Recordámos lugares, tempos vividos e sentimentos, pessoas e episódios que passaram por nós e pelas nossas vidas e que para sempre farão parte de nós. Poderemos esquecer pequenas coisas da vida do dia a dia, (onde deixei os óculos?, o telemóvel?, que vinha cá fazer?), mas aquelas lembranças ficarão para sempre gravadas no fundo das nossas memórias.
Na casa dos Avós, remexemos e escolhemos as coisas que por alguma razão nos eram caras. Levámo-las connosco. O resto ficou para trás. Recordar é viver, é viver tudo o que foi bom outra vez… Voltar aos anos em que eramos jovens e estávamos na flor da vida, voltar aos tempos dos nossos avós, dos nossos pais ainda jovens, dos nossos filhos meninos.
Viajamos no tempo, no espaço, nos acontecimentos quando nos encontramos depois de algum tempo, folheamos um álbum de fotografias ou retornamos àqueles lugares da nossa infância, meninice ou juventude onde já fomos felizes, para voltarmos mais sólidos e mais empenhados no nosso presente, por bom ou mau que nos pareça. Empenho esse que nos permite aceitar com mais ânimo e alegria o nosso futuro por mais ou menos longo que ele seja.
Sem comentários:
Enviar um comentário