Douro - Outono de 2018
"Numa era em que as palavras são só
palavras e os valores estão desgastados
(Ainda) há uma voz solta do peito
Que (me) faz crer que os sonhos em poemas idealizados (…)" (*)
(…) podem ser a palavra que falta para nos fazer retornar de novo à vida por curta que ela possa vir a ser. Às vezes, uma palavra, por simples que seja, pode-nos ajudar a encarar a realidade e tirar partido do tempo que resta. Quem sabe se o pequenino excerto que retirei deste poema que adorei não tenha esse poder sobre quem hoje o leu e parte do Douro para não mais voltar. Douro esse que um dia também foi seu lar, seu destino ou sítio para relaxar.
(Ainda) há uma voz solta do peito
Que (me) faz crer que os sonhos em poemas idealizados (…)" (*)
(…) podem ser a palavra que falta para nos fazer retornar de novo à vida por curta que ela possa vir a ser. Às vezes, uma palavra, por simples que seja, pode-nos ajudar a encarar a realidade e tirar partido do tempo que resta. Quem sabe se o pequenino excerto que retirei deste poema que adorei não tenha esse poder sobre quem hoje o leu e parte do Douro para não mais voltar. Douro esse que um dia também foi seu lar, seu destino ou sítio para relaxar.
"Oh! Douro-Poema, Homem-Menino
Se soubesses quanta vida me dás!
Em ti, nenhum sonho é pequenino
Minha alma jamais olha p'ra trás!"
(Foto tirada pelo V. em Setembro de 2018)
POEMA A DOIS ESCRITO, POEMA A OURO LAVRADO
(diálogos da Terra e do Rio)
(diálogos da Terra e do Rio)
"Te contemplo com o olhar de Menina-Mulher
Adivinho o coração aroma-de-mel
E a água cristalina do teu ventre, genuíno Ser
Douro és mais que poema, és anel!
Reflito-te, em adoração de Homem-Menino,
E do fundo dos meus olhos cor-de-ouro
Sorrio-te, como infante pequenino,
Que no teu colo vem guardar o seu tesouro.
Suavemente, enfeito-te a meu gosto
Dos lábios sumarentos provo o beijo
Cachos de uva são o saboroso mosto
Enternecendo o calor do nosso ensejo!
Ternamente te enlaço, Terra amada,
Como jóia que mereces por direito
E no estio, nossa boda é festejada
Pelas vinhas que tu bordaste a preceito…
Oh! Douro-Poema, Homem.Menino
Que estranha vontade esta de te tocar!
Porque serás sempre o melhor destino?
E o único a quem tenho amor p'ra dar?
Oh, Poema-Douro, Menina-Mulher,
Que prazer eu tenho em te adornar!
Para te ver, quando o Inverno vier,
Despir , e no meu leito aconchegar!
Oh! Douro-Poema, Homem-Menino
Se soubesses quanta vida me dás!
Em ti, nenhum sonho é pequenino
Minha alma jamais olha p'ra trás!
Oh, Douro-Poema, Mulher-Menina,
Quanta da minha história se faz tua!
Ao mundo, a Natureza aqui ensina
Que a beleza o trabalho apazigua!!" (**)
Adivinho o coração aroma-de-mel
E a água cristalina do teu ventre, genuíno Ser
Douro és mais que poema, és anel!
Reflito-te, em adoração de Homem-Menino,
E do fundo dos meus olhos cor-de-ouro
Sorrio-te, como infante pequenino,
Que no teu colo vem guardar o seu tesouro.
Suavemente, enfeito-te a meu gosto
Dos lábios sumarentos provo o beijo
Cachos de uva são o saboroso mosto
Enternecendo o calor do nosso ensejo!
Ternamente te enlaço, Terra amada,
Como jóia que mereces por direito
E no estio, nossa boda é festejada
Pelas vinhas que tu bordaste a preceito…
Oh! Douro-Poema, Homem.Menino
Que estranha vontade esta de te tocar!
Porque serás sempre o melhor destino?
E o único a quem tenho amor p'ra dar?
Oh, Poema-Douro, Menina-Mulher,
Que prazer eu tenho em te adornar!
Para te ver, quando o Inverno vier,
Despir , e no meu leito aconchegar!
Oh! Douro-Poema, Homem-Menino
Se soubesses quanta vida me dás!
Em ti, nenhum sonho é pequenino
Minha alma jamais olha p'ra trás!
Oh, Douro-Poema, Mulher-Menina,
Quanta da minha história se faz tua!
Ao mundo, a Natureza aqui ensina
Que a beleza o trabalho apazigua!!" (**)
( (*) Poema de Teresa Teixeira (**) em parceria com Jéssica Neves )
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