quinta-feira, 30 de julho de 2015

"A MENINA DO MAR" - com o poema de Sophia de Mello B.Andresen

 
 
 
 
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê

O poema alguém o dirá
Às searas

Sua passagem se confundirá
Com o rumor do mar com o passar do vento

No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas

(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)

Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas

E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo



 
 

(Poema de Sophia de Mello Andresen retirado do "Blog" - "Menina do Mar")



 
 
 
 
Não estes cristais não são de sal de um mar azul. Não são da tinta que lavou os meus pincéis com terebentina. São os cristais do meu filho que qualquer químico poderá identificar. A diferença está no tempo e no carinho com que foram conservados qual experiência milagrosa que pode curar os males do Mundo. Tarefa demasiado pesada para uma criança, uma só mulher ou homem, mas para a qual podemos todos contribuir um pouco. A chuva não é azul, o mar não é azul, o céu não é azul... Mas os nossos sonhos podem ser da cor que nós quisermos. Sonhemos HOJE para ajudar o AMANHÃ.
 
 
 
Quando o sonhos se tornam realidade a vida toma sentido...


 
 (*****)
 
 


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