segunda-feira, 13 de maio de 2019

"O CESTO DAS MAÇÃS" DE PAUL CÉZANNE - ETAPAS NA SUA "REPRODUÇÃO"...






Paul Cèzanne - The Basket of Apples (A Cesta de Maçãs), c. 1893 
óleo sobre tela – 65 x 80 cm – Art Institute of Chicago, Chicago, IL, USA

Será que esta foto retirada da NET corresponde a uma foto tirada ao original de Paul Cézanne?! Queria fazer a "reprodução" deste quadro, deste pintor considerado o Pai da Arte Moderna. Para isso, fui pesquisar em livros e encontrei o que procurava. Fiquei então com a ideia de que não aprecio alguns dos seus quadros, no entanto, gosto de muitas das suas naturezas-mortas e este é, sem dúvida, um dos meus preferidos. O modo como lida com as formas, as cores e as texturas é-me extremamente agradável, daí que tenha ido à descoberta de mais este pintor. O jogo das cores e tons, a subtileza das pinceladas, a harmonia do quadro como um todo, muito dificilmente se poderá procurar reproduzir, mas apesar de todas as limitações, e com todas as ajudas, penso que valerá a pena tentar esta aventura...

O que ando a aprender é sobretudo a pintar mas o Desenho também me dá muito gozo. E, assim, comecei pelo esboço numa tela com as dimensões aproximadas das do quadro original de Paul Cézanne - 80X60 cm...




Deixar correr o lápis sobre a tela... tentar equilibrar as formas em tamanhos, perspectivas e posições relativas, ouvindo uma música de fundo, são momentos que para sempre ficarão ligados à execução deste trabalho... Não há necessidade de grande pormenor neste esboço a lápis. Para já, trata-se apenas de fazer as marcações das formas para depois as definir com as tintas usando pincéis, os dedos, a espátula...




Não se pretende ser muito fiel na reprodução do trabalho de Paul Cézanne, até porque, isso está fora do meu alcance, mesmo sendo orientada por quem sabe... 

Seguir o original, sim... mas com liberdade de alterar quando e onde necessário ou simplesmente porque apetece ou não se consegue melhor, para que este exercício seja um prazer e uma libertação e não uma "prisão"...




O pincel redopia, deposita tinta, mistura os tons, deixa o risco, a mancha, o sombreado ou a luz... Os dedos suavizam, esbatem, corrigem... A espátula espalha a tinta, raspa, reforça o tom, a forma ou a textura...




E as formas vão surgindo... os contrastes de cores aparecendo, os volumes... 


Gradualmente o quadro vai tomando corpo... 



Este trabalho não tem a subtileza do original, o encanto da pincelada nos frutos e do manchado das zonas mais lisas, nem a pretensão de o conseguir... tem erros de perspectiva, é muito mais riscado e marcado, mas está a dar-me um gozo tremendo ver as formas surgirem e os volumes a definirem-se. Sempre sob o olhar atento de quem nos deixa "soltar" e dar o nosso "cunho pessoal" à medida que vamos avançando, e está sempre disponível para nos dar a mão, o conselho, o incentivo e o toquinho que fazem a diferença...

















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