sexta-feira, 1 de maio de 2020

PRIMEIRO DE MAIO DE 2020...





Maio amanheceu assim... Promessa de um novo dia de Primavera. O Dia do Trabalhador que se comemora um pouco por todo o Mundo, é também o início do mês de Maria que, sob diversos nomes, se comemora também nas diferentes terras do Mundo.



"Passagem do testemunho - 1 de Maio de 2020"


Diferente de todos os outros primeiro de Maio em Portugal livre, desde o 25 de Abril, este foi para a maioria dos portugueses celebrado confinados em suas casas, mas, podendo assistir às festividades através da televisão. Uma delas desenrolou-se ao ar livre com distância social, numa espécie de parada, em que a regra do afastamento das pessoas quase que era geométrica, tendo lugar na grande Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa, entre a Fonte Luminosa e o Instituto Superior Técnico. Compareceram apenas os portugueses em número suficiente para encher o espaço da Alameda. O que foi impressionante. Noutros países, não sei como foi, porque não estive atenta.

Para mim, também foi um dia diferente. Soube da notícia da morte de um homem relativamente novo que há uns meses parecia vender saúde e que, ontem, partiu sem ser por COVID-19, mas por causa de uma doença que já está quase dominada, mas que ainda mata __ o cancro. 

Tomei consciência de que, o Zé Ninguém de que tanto gosto pelo homem que foi e tanto significado tem na minha vida, partiu, fez ontem precisamente 18 anos.

Senti a tristeza pela falta de entusiasmo e de vontade de continuar a leccionar, de professoras que têm atravessado mudança atrás de mudança... mas que, HOJE, estarão a ultrapassar uma das mudanças mais drásticas do ensino em Portugal. Vai depender, agora, do bom senso das autoridades e da nova sociedade que vem aí, fazer com que todo este sacrifício possa valer a pena. E que, de facto, o ensino à distância e de contacto possam coexistir duma forma realmente democrática, sendo dada uma nova oportunidade a novos e velhos no seu direito à educação, coisa que se pede aos homens e às mulheres e a que todos devem ter acesso, quer dentro como fora de portas.

Para terminar, festejei-o cozinhando um almoço e um jantar em que juntei aquilo que me foi sendo ensinado ao longo dos tempos; mais o que me ensinou uma amiga através do WhatsApp e, ontem, a namorada do meu filho que almoçou connosco. De todas as coisas que aprendi, a mais importante, foi a de que para cozinhar é preciso ter a noção dos tempos, tal como na vida... É preciso gostar e estar atento ao que se faz; é preciso ter-se paciência e pensar-se com antecedência nos pormenores da receita; é preciso organização mas também capacidade de improviso... Tudo isto, para se obterem bons resultados no final. Acima de tudo AMOR e ENTREGA. É também disso que nós portugueses precisamos, enquanto povo __ o que se estende a toda a Humanidade.                         



Um fado bem português, cantando Lisboa cidade do Mundo e, sobretudo, nossa...
Numa homenagem a esse senhor do fado que será sempre Carlos do Carmo.



(Vídeo enviado por WhatsApp e revisão de texto por Lourdes Vitorino)







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