terça-feira, 5 de maio de 2020

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA - FOLHAS E TELAS EM BRANCO...



Sonho alguma vez realizado?!...


Ontem, dia 5 de Maio de 2020, passou a comemorar-se mais uma nova data __ o Dia Mundial da Língua Portuguesa...

Ontem, foi dia de escrever Português por todo o Mundo, a começar cá por casa. Tenho a mania de ir rabiscando. Sem ter a pretensão de o fazer como uma escritora, tal como não sou pintora, vou-me atrevendo a estes rabiscos que me dão prazer, me soltam a alma e, (quem sabe?!...), possam fazer eco em alguém para além de mim.

Quando a palavra ou a imagem é demasiado repetitiva ou estereotipada deixa de ter o mesmo interesse. A palavra para ser palavra tem que ter cheiro, cor, ser autêntica e ter um fundo de verdade, um fundo daquilo que é o autor.

Para se desenhar é preciso desenhar, desenhar, desenhar e voltar a desenhar para se conseguir chegar onde o nosso engenho e capacidade deixarem. O mesmo se pode dizer com a escrita. É esse treino e essa entrega que os tornam únicos qualquer que seja a palavra ou o desenho rabiscado; que faz com que a palavra não seja uma repetição decalcada do já dito; que faz com que um desenho tenha a assinatura do autor mesmo antes de assinado. 

É preciso ter-se o dom e a ousadia para expôr a alma, o sentimento, para que ambos consigam chegar a quem os observa e lê. A sua interpretação não é necessariamente igual, variando com a altura em que é feita a leitura, a observação e a interiorização da mensagem, o que também depende do leitor e do observador que interpreta essa tal mensagem que se quis passar.

A mensagem de quem escreve, pinta, desenha ou esculpe, está na cabeça do autor que não pode ser apenas uma máquina de reproduzir, tem que ter alma e o seu cunho pessoal, levar a várias leituras, a várias variáveis,  a cambiantes que, por seu lado, variam também com o nosso estado de espírito, com os nossos hábitos de leitura, com as nossas experiências anteriores e, essa coisa que é, muitas vezes, o "primeiro estranha-se, depois entranha-se", para que tudo possa fazer o sentido possível e que alguma mensagem possa seguir. Ainda que seja a do vazio e do silêncio. Aí está a originalidade do trabalho.






Um sonho que se desfaz ou mantem a chama antiga agora renovada?!... 



Tempo de espera para que o sonho se realize ou fique na ilusão da sua realização... 
Sem título...


Um livro aberto e vazio de letras, uma tela por pintar, desafios a enfrentar... Sentimentos, traços e letras que se misturam numa amálgama de desenhos e palavras que valem pelo prazer que dão ao serem desenhados e escritos, ou escritos e desenhados, num impulso que se gosta de partilhar... 






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