Abril 2020
O gosto pela escrita e pelo desenho têm-me acompanhado a vida toda. Hoje, atrevo-me a pôr no papel e na NET aquilo que mais gosto de fazer, apesar de ter consciência das minhas limitações. Mas não deixo de partilhar os meus rabiscos, ainda que mais não seja para ter acesso a eles, desde que tenha um computador, um tablet ou um telemóvel.
Por vezes, descrevemos círculos em torno dos quais é difícil sair. Mas, as mais das vezes, escrevemos sempre a direito na ponta do lápis. Seguímo-lo enquanto vai descrevendo as linhas de suporte de um texto ou de um desenho que vai surgindo do nada e, se calhar, a nada conduz.
Tal como na vida, escrever e apagar os erros, quem não o faz ao longo do tempo?!... O problema está em se usar demasiado a borracha.
Escrevemos, escrevemos, até que a ponta do lápis se reduz e deixa de escrever... mas também para isso há remédio __ usar o afia-lápis e recomeçar. Enquanto tivermos lápis, sempre o podemos afiar. Até que um dia, nem lápis, nem borracha, nem nada... Fica então na nossa imaginação e na nossa memória, a lembrança dos lápis, das borrachas e dos afia-lápis que idealizámos...
Acima de tudo, não podemos esquecer o nosso apara-lápis para continuarmos a escrever, enquanto tivermos lápis e imaginação para o fazer. Mais tarde, podemos rever-nos nessa escrita, nesses rabiscos, nesses esboços...
Sim, quero o meu apara-lápis para poder recomeçar; não quero gastar demasiada borracha por ter errado demasiado, mas não quero deixar de escrever... e sim, recomeçar de novo, se necessário, enquanto o impulso e o gosto assim o ditarem. Porque a borracha não serve só para corrigir o que está errado, mas dar luz e esbater o traço daquilo que desenhamos, escrevemos ou colorimos... E, muitas vezes, até mesmo a tesoura é útil porque corta o que está a mais...
E, quanto à informática e às modernas tecnologias, podemos viver sem elas?!... Podemos... mas também nos permitem fazer coisas "giras" como esta:
E verdade. Também eu quero ter esses instrumentos que me dão a alegria de viajar no tempo e ser feliz. Grata pela partilha de imagens e palavras que tão bem sabem e nos trazem outras memórias fazendo que o aqui e agora pausem para a outras viagens esquecidas pelo quotidiano e pelo imparável TIC TAC.
ResponderEliminar