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Conheceram-se jovens, quis o destino que os seus caminhos se viessem a cruzar a diferentes latitudes e longitudes. Uma amizade que permaneceu ao longo do tempo e dos Continentes. O tempo passou, destinos diferentes, mas a ligação permaneceu. Vidas cheias de mudanças, até que de novo se encontraram e a Pintura voltou a ser um pretexto para novos reencontros e uma actividade em comum: Pintura de cerâmica.
Hoje, os noventa anos são uma realidade; mas, na altura, na força da idade, cada uma pintava a seu estilo com ou sem acompanhamento... a cor, a forma, a textura estavam-lhes na alma... foram momentos de prazer que já não voltam. Ficam a lembrança desses momentos e os trabalhos que, certamente, ficarão para além de si.
Lalita e as suas flores...
Manuela e os seus abstratos...
Se hoje já não pintam, fica a visão daquilo que com tanto gozo fizeram... Não só a cerâmica, mas a tela, as caixas de madeira, as estatuetas de barro. Outras coisas fizeram mas estas são a sua marca: a Lalita e as suas flores e a Manuela(M.M.C.) e os seus abstratos...
Ao acompanharmos estas nossas mães, ao ver o que elas fizeram e a impossibilidade de continuarem, pensamos que, realmente a vida é uma curta viagem, ainda que através dos Continentes, e que temos que tirar o maior partido dela enquanto podemos...
(*)- Imagem retirada da NET
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