domingo, 11 de junho de 2023

SANTA MARIA, ILHA DO SAL EM CABO VERDE (Maio/2023)




No Pontão de Santa Maria...

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Ir ao Sal e não visitar a cidade de Santa Maria com o seu Pontão não seria uma visita completa, para além de que pouco mais há que fazer para além da praia e da piscina do hotel. Assim, fomos à descoberta de um povo afável e que vive essencialmente do turismo e da pesca.

 
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Das águas azuis e profundas, que ficam pouco para além daquela mancha de azul turquesa que delicia o olhar, vem uma variedade de peixes coloridos dos quais se destacam os atuns de todos os tamanhos. A sua chegada é festejada com algazarra e alegria. De imediato são distribuídos os peixes por homens e mulheres que, com mãos hábeis, amanham o resultado da pescaria carregada nas embarcações que aportam ao cais. Há cães que rondam o aglomerado das gentes, crianças e adultos sentados nas traves de madeira do cais ou em cima das redes parecem esperar não se sabe o quê, a par daquela movimentação fervilhante de gentes quando da chegada de mais um barco. O ambiente é colorido e simpático. De quando em vez, um "splach" na água, mais um jovem (ou mesmo uma criança) que se atira ao mar, parece que lhes está no sangue e nasceram para nadar. Turistas de pele clara misturam-se com as gentes cor de chocolate da terra, numa babel de línguas em que predomina o criolo. Os convites a excursões pela ilha e a actividades náuticas variadas são comuns. Existe algum artesanato e, logo na entrada do Pontão, podemos ver a senhora dos côcos que vêm da Boa Vista, já que na Ilha do Sal os coqueiros são quase que uma miragem só possível de concretizar junto aos hotéis... de forma ágil abre os côcos com uma catana e um canivete para gaudio dos possíveis fregueses que chupam por uma palhinha o fresco e esbranquiçado leite de côco. 
 








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Do pontão seguimos para fazer uma pequena incursão ao povoado. 

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Em frente ao Pontão segue-se uma rua empedrada de basalto, onde se podem ver algumas tendas de artesanato e algumas lojas que vendem também serviços como os das bicicletas para alugar e tatuagens... rua essa que leva ao interior da cidade.

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Ao virar da esquina, encontrámos uma rua mais larga ladeada de candeeiros de rua e de palmeiras donde partem ruas estreitas para quarteirões de casas, muito desordenadas com cores vivas algumas, mas muito inacabadas outras com as suas paredes não rebocadas. Na zona, podem ver-se ainda os táxis tão típicos azuis e amarelos que oferecem os seus préstimos a quem passa e somos também abordados por vendedores de artesanato que nos indicam e convidam a entrar nas suas lojas. Cumprimentam-nos em Inglês, Francês, Italiano ou Português numa tentativa de irem ao encontro da nossa nacionalidade... Quando respondemos à saudação e percebem que somos portugueses, frequentemente, referem-se a Ronaldo numa manifestação de agrado.


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Depois de uma pequena incursão pelas ruas da cidade, onde vimos pequenos hotéis e pensões, voltámos à praia, onde procurámos um sítio para almoçar... 



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Acabámos no LobStar junto ao Pontão... Onde o prato principal é a lagosta... o que foi uma experiência gastronómica bastante agradável. O ambiente era engraçado, os empregados vestidos de marinheiros eram simpáticos e a decoração, onde predomina o azul e branco, é de bom gosto e alegre. Não voltámos a repetir mas valeu a pena.





Finalmente, voltámos para a praia do hotel pelo areal que borda toda a marginal dos hotéis... Foi um dia preenchido e que deu para conhecer um pouco da realidade da ilha. Realidade essa em que deu para ver que, o contraste entre a qualidade do ambiente nos hotéis e da vida das gentes locais, é muito gritante. 


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(*) - Fotografias assinaladas foram retiradas da NET




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