sexta-feira, 23 de junho de 2023

O PACHAMAMA ECO PARK - Ilha do Sal / Cabo Verde



O Pachamama Eco Park, também conhecido como "viveiro", é uma mistura de jardim botânico com um pequeno zoológico.  À entrada, encontra-se uma zona relvada e bonita, (coisa pouco frequente na ilha para além de poucos hotéis como o nosso),  onde está um café ao ar livre com ar acolhedor.
  


Para o lado direito, desenvolve-se um pequeno jardim de cactos que achei interessante, constituindo um oásis verde no meio de uma ilha tão árida quanto o Sal.
 



Como não podia deixar de ser, também as acácias espinhosas e as palmeiras, marcam presença.



Na parte mais central do parque, pode encontrar-se a zona destinada à maioria dos animais que estão em gaiolas, cercados ou à solta, como: galinhas do mato, papagaios, araras, macacos, porquinhos da Índia, burros e pavões, entre outros. O que poderá fazer as delícias da criançada.
 









Grande parte das espécies vegetais e animais estão identificadas em placas de madeira gravadas à mão...


Uma curiosidade é a casinha "sustentável" em que, por exemplo, os vidros das janelas são feitos com garrafas recicladas para o efeito... 




A visita ao Pachamama Eco Park é uma boa alternativa, para um passeio para além da praia, sobretudo se se tem crianças. É um jardim feito à medida das possibilidades e à dimensão de uma ilha como o Sal onde a dificuldade de obtenção de água doce é tremenda, mas é agradável e vale a visita, principalmente, para quem nunca tenha estado em África.






segunda-feira, 12 de junho de 2023

UMA EXCURSÃO NA ILHA DO SAL (PARTE DA TARDE)



(*) 

 (*)

Depois do almoço, rumámos de novo em direcção à zona Leste da ilha. Começámos por parar na Baía de Parda, Baía dos Tubarões, para os observar de perto. Concluímos a visita em Pedra Lume onde boiámos nas salinas e visitámos mais uma povoação piscatória chamada Pedra Lume onde ainda se vêem os vestígios do transporte do sal para lá, com o objectivo de ser exportado para fora da ilha. 

 (*)

Chegados à Baía dos Tubarões, parámos no local onde os tubarões estavam e onde se aglomeravam algumas carrinhas de turismo, donde saíam os turistas calçando uns croques ou sapatos de borracha para poder caminhar sobre as pedras nas águas pouco profundas onde aqueles peixes relativamente pequenos acorriam ao chamariz do isco levado discretamente pelos guias.








 (*)

Foi uma experiência engraçada...

Daí seguimos para as salinas de Pedra Lume. Agora, o desafio era procurar boiar na água das salinas supersaturada a ponto de dificultar a movimentação mas impedir-nos de afundar devido à impulsão da água salgada. São consideradas as segundas águas mais salgadas do Mundo.

 (*)










Depois de um banho de lama e duma rápida passagem no chuveiro, passámos ainda pela povoação de Pedra Lume junto ao mar onde ainda são visíveis as marcas da exploração e transporte de sal naquele local. Finalmente, retornámos ao hotel em Santa Maria no extremo sul da ilha.




(*)
(*)





domingo, 11 de junho de 2023

UMA EXCURSÃO PELA ILHA DO SAL (PARTE DA MANHÃ)



Finalmente, íamos conhecer a ilha. O senhor Marino, o nosso guia, estava pontualmente à nossa espera no átrio do hotel. Tinha sido uma marcação feita no calçadão quando da nossa chegada numa das nossas visitas a Santa Maria... 

Constatámos que os pontos da ilha a visitar não eram muitos e que facilmente se tinha uma perspectiva desta ilha estreita e alongada no sentido Sul/Norte.



Primeiro ponto de paragem, depois de passarmos pelo centro da cidade de Santa Maria, foi a Praia dos Búzios, onde as conchas dos mesmos se acumulam partidas, depois dos mariscadores retirarem o corpo do molusco.



Aqui se pode ver bem nitidamente a razão do azul turquesa das águas do mar junto à borda. Apesar da ilha ser vulcânica e, à partida, com rochas e areias escuras numa grande parte da ilha, nalgumas zonas, como em Santa Maria, o depósito das areias brancas e finas vindas do oceano acumula-se junto às praias. Assim, a pouca profundidade da água e as águas límpidas dão, como resultado do reflexo da luz no seu fundo, esta cor maravilhosa em contraste com o azul escuro da parte mais profunda que não fica longe da costa. 



De seguida, parámos nas primeiras salinas, salinas de Santa Maria, ainda hoje em actividade, mas com os dias contados dada a fraca rentabilidade do sal e a dureza do seu trabalho.







Seguimos, então, para a costa Leste, onde o vento predominante vem do mar e se transforma num desafio para o Kitesurf... Daqui se pode ver, um pouco mais para Norte, a Serra Negra, um dos poucos relevos mais acentuados da ilha. 

A actividade de Kitesurf varia ao longo do ano. Nesta praia, realizam-se alguns campeonatos com alguma projecção internacional e existe uma escola desta modalidade, daí o seu nome, Kitesurf Beach.

(*)


É engraçado verificar como tudo é passível de ser reciclado. Aqui os pneus velhos servem de divisórias...


Já na costa Oeste, passámos na Baía da Murdeira. Descemos no restaurante Ninho dos Piratas, de onde se vê mais um relevo da ilha, o Monte Leão, nome devido ao facto de o perfil do mesmo fazer lembrar um leão deitado. O restaurante está engraçado, é explorado por um holandês, e o tema principal está ligado aos piratas: começa pela própria construção do edifício que se assemelha um navio e tem várias figuras de piratas, canhões, e variados adereços alusivos ao referido tema, qual parque temático.

 (*)









Nestes locais verifica-se sempre uma certa preocupação ecológica, como o contentor de garrafas vazias!... 

Após uma breve paragem para um café, seguimos para Espargos, a capital da ilha, onde se encomendou o almoço. Lagosta grelhada, como não podia deixar de ser. E, entretanto, seguimos a nossa excursão, passando por um dos sítios mais secos e pobres da ilha, em que os banhos são da água tirada de poços, na maior parte, de água salobra. Os chamados "banhos de caneca". Têm sido feitas construções sociais para realojamento, mas o bairro de lata da Terra Boa continua a aumentar. 

(*)

Terra Boa, porquê? Porque é das poucas zonas da ilha em que quando chove é possível fazer o cultivo de alguns legumes, plantas para alimentação humana e forragem para o gado. No entanto, o "Deserto" está ali, paredes meias. A tal ponto que, perto, se pode ver uma miragem. A secura é de tal ordem, que ao longe se tem a "visão" um lago com água onde só existe terra e pó ...

(*)

(*)


Ainda antes de seguirmos para o almoço, fomos ao Olho Azul na Buracona. Um local vedado e particular em que a entrada é paga e em que a costa é escarpada e as águas são fundas mesmo junto ao limite das escarpas de rocha negra. As areias são na grande maioria escuras e a natureza vulcânica da ilha é bem evidente... aqui o branco sobre as rochas junto ao mar não é mais do que uma cobertura de algas secas.




 (*)

Seguimos numa fila para ir espreitar o buraco, onde os raios de sol incidem de tal forma na água que os reflexos são de um azul turquesa cristalino. E é só... tira-se a fotografia e segue-se pelo caminho marcado e balisado. No entanto, o local é muito belo pela sua costa agreste e negra em contraste com o azul do mar que é escuro mesmo à beirinha.




As plantas, mesmo regadas, estão num esforço de sobrevivência muito grande. Mas, foi possível, ainda assim, ver a flor do algodão e o seu fruto em pequenos arbustos plantados propositadamente para exposição... no entanto, aqui, até os próprios cactos estão dependentes do sistema de rega.


De seguida, mais uma vila piscatória, Palmeira... o único porto activo na ilha desde 1960 com ligação directa a outras ilhas do arquipélago, nomeadamente, Boa Vista e S. Nicolau. Aqui são recebidos os contentores com tudo aquilo que vem das outras ilhas, tal como alimentos e tudo que falta nesta ilha desprovida de quase tudo que é necessário à sobrevivência do dia a dia da população da Ilha do Sal.






Finalmente, rumámos a Espargos, para o almoço. Espargos é o maior centro populacional da ilha com uma população de aproximadamente 8000 habitantes e que está situado perto do Aeroporto Internacional Amilcar Cabral, principal razão da sua origem e desenvolvimento. Povoação esta, recentemente, elevada à categoria de cidade. 

 (*)

(*)


E assim terminámos esta parte da excursão, para seguirmos para outros pontos de interesse, da parte da tarde, situados na zona Leste da ilha: como a Baía dos Tubarões e as Salinas de Pedra Lume.



(*) - As fotografias assinaladas, foram retiradas da NET