Trabalho final...
Quando tentamos dar um cunho mais pessoal a um trabalho, mesmo que possamos partir de algo que já tenha uma resolução prévia, corremos o risco de não sermos bem sucedidos, de massacrar o trabalho, ou de o estragar definitivamente.
Numa primeira fase e neste retrato, fui fiel à imagem obtida por tratamento da fotografia com recurso a filtros específicos. Consegui um trabalho simples, equilibrado e do qual havia quem gostasse, incluindo eu... Só que também houve quem não gostasse e aí hesitei. Como será que reagirá quem a ele se destina? Gerou-se a insegurança... vacilei.
Depois, comecei a trabalhá-lo no sentido de o tornar mais pessoal... Estraguei tudo!... Ficou bastante confuso e, a bem da verdade, até mesmo borratado e pouco definido.
Não desistindo dele, voltei a torná-lo mais "legível". Apaguei o pastel seco que estava a mais, com uma borracha, e uniformizei o fundo com negros e cinza.
Finalmente, utilizei o vermelho num registo diferente... gostei do resultado final, apesar de o trabalho ter perdido a espontaneidade inicial e de ninguém, cá por casa, ter morrido de amores por ele... Agora é que já não há borracha que lhe valha....
Assim ficou a lição de que, às vezes, tanto se quer aperfeiçoar (ou "inovar") que se estraga o que estava feito. Basta um traço, uma mancha errada, para que já não haja remédio. Mas valeu pela experiência, pela tentativa de encontrar uma solução e pela certeza de que não se pode agradar a todos. O principal mesmo, é identificarmo-nos com aquilo que fazemos, não esquecendo, no entanto, a quem se destina.
Muitas das vezes, as coisas não correm bem. Mas fica a experiência e, como alguém disse, deve-se tentar sempre ir em frente, independentemente dos resultados, quando por, alguma razão, não se está satisfeito.
Por estranho que pareça, gostei.
Mas acabei por fazer um retrato mais clássico e fiel à fotografia...
Sem comentários:
Enviar um comentário