ALENTEJO
A lua que te ilumina,
Terra da cor dos olhos de quem olha!
A paz que se adivinha
Na tua solidão
Que nenhuma mesquinha
Condição
Pode compreender e povoar!
O mistério da tua imensidão
Onde o tempo caminha
Sem chegar!...
(Miguel Torga)
O MEU ALENTEJO
Meio-dia: O sol a prumo cai ardente,
Doirando tudo. Ondeiam nos trigais
D' oiro fulvo, de leve... docemente...
As papoilas sangrentas, sensuais...
Andam asas no ar; e raparigas,
Flores desabrochadas em canteiros,
Mostram por entre o oiro das espigas
Os perfis delicados e trigueiros...
Tudo é tranquilo, e casto, e sonhador...
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: Onde há pintor,
Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste mundo?!
(Florbela Espanca)
A dois alentejanos de gema que Serpa, no Alentejo, um dia viu partir rumo à Capital em busca de novos horizontes, mas que levaram consigo, bem apertadinha no coração e na bagagem, a terra que os viu nascer.
Desenhos a carvão e pan-pastel num registo entre o clássico e o mais moderno
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