Agosto chega ao fim. O dia está fresco mas luminoso. Que melhor altura para continuar o passeio, agora de barco. São várias as companhias que navegam o Tamisa, permitindo observar ambas as margens de Londres e as suas sucessivas pontes. Umas mais simples, outras mais elaboradas estas vão-se sucedendo à medida que avançamos em direcção à Tower of London o nosso próximo destino em terra. Partimos do cais de Westminster, junto ao Big Ben, na "River Cruise". Os altifalantes vão fazendo ouvir a voz cadenciada e bonita do nosso guia durante o passeio fluvial. À medida que avançamos são-nos descritos os principais pontos de interesse que se podem vislumbrar nas margens. Mas, ainda vamos parar no London Eye Pier, na outra margem do rio, para meter mais passageiros e deixarmos para trás Westminster Bridge e Houses of Parliament.
A movimentação no rio é grande… E eis que iremos passar por baixo da primeira ponte: a ponte ferroviária de Hungerford associada às pontes pedonais Golden Jubilee. No topo norte das quais se encontra a estação ferroviária de Charing Cross.
Cleopatra's Needle é um elegante monumento do Egipto Antigo que foi oferecida a Londres em 1819 (um do três obeliscos, como os que se encontram em Paris e Nova Iorque) e que, da margem norte, é testemunha da azáfama que se desenrola no rio Tamisa.
Passando a ponte de Waterloo, podemos ver na margem norte o bonito edifício de Sumerset House (construído em 1786) onde se encontra instalada uma galeria de arte em que se exibe uma colecção de pintura desde 1990 podendo destacar-se a colecção de impressionistas e pós-impressionistas com nomes como: Gauguin, Pissarro, Renoir, Modigliani, Manet, Van Gogh, Cézanne e Degas. Edifício na frente do qual existe uma praça com uma fonte de 50 repuxos, onde no Verão há concertos e filmes e no Inverno uma encantadora pista de gelo…
Já em plena City, podemos vislumbrar a belíssima cúpula de St Paul's Cathedral, a segunda maior do Mundo depois da de S. Pedro em Roma.
Na margem sul, descobrimos a típica construção que é uma réplica do teatro isabelino, construída para recriar o ambiente original das peças de Shakespeare, o Globe Theatre…
Dum lado e de outro do Rio Tamisa vão-se desenrolando pontos de interesse, numa mistura de edifícios, em que o vidro predomina em prédios mais altos, em contraste com as construções clássicas cuidadosamente preservadas de séculos passados. Hoje, South Bank, está recuperada e particularmente virada para o turismo tendo-se aproveitado as antigas e degradadas docas para criar espaços de lazer e cultura extremamente interessantes.
Finalmente passa-se a London Bridge, para se começar a ter uma visão da Tower Bridge e da Tower of London. Duas construções tão carismáticas com séculos de História ligadas à própria História da cidade de Londres. E, ainda encostado à margem sul, podemos ver o famoso cruzador da Primeira Guerra Mundial transformado num museu, o HMS Belfast.
Esta visão pacífica que hoje se nos depara, nada deixa adivinhar o horror e medo que foram os seus 900 anos de História. Quem cometia traição ou ameaçava o trono era mantido preso no interior da Tower of London, geralmente em condições desumanas. Era normalmente de barco que os prisioneiros para lá eram levados. O que para nós é uma aproximação tranquila e até bonita do fim de mais um passeio, em tempos foi um martírio para quem lá ia ser encarcerado.
Só a título de curiosidade, ainda na margem sul, Shard é até hoje o edifício mais alto de Londres. Uma cidade cosmopolita que tão bem sabe enquadrar a arquitectura moderna com as construções clássicas e cheias de História que proliferam na cidade, em particular nas zonas envolventes do Rio Tamisa.
E aqui terminámos esta parte do passeio feita por barco. Poderíamos ter seguido para Greenwich, onde poderíamos colocar um pé no hemisfério oriental e outro no hemisfério ocidental divididos pelo meridiano de Greenwich. Mas o tempo não chegava. Quem sabe numa próxima viagem?!... já que é um local com imensos pontos de interesse... Mas, desta vez, ficámo-nos por aqui __ em Tower of London.
THE END...
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