(Maio de 2014)
Fazer o esboço quase que "dói"... é o equilíbrio das formas que nos foge, a incerteza das dimensões relativas... os posicionamentos...
Mas depois vem o preencher dos espaços, o dar os volumes e a expressão, o tentar corrigir as assimetrias... gozo que só tem igual no prazer do ouvir a música que nos acompanha no doce depositar da grafite ou do carvão, no traço interrompido ou deslizante determinado e forte... No volume dado com a subtileza do esbater com o dedo ou o esfuminho... No traço, no ponto ou na mancha que se reforça ou que marca a luz ou a sombra o que faz "saltar" a forma.
Rapaz ou rapariga?! Tudo fica em aberto até que se define e sai do branco do papel agora manchado de cinza e que nos olha um pouco ausente em pensamentos que nos escapam também eles para além de nós...
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