domingo, 3 de março de 2019

ONDE ESTÁ A DIFERENÇA QUANDO ESTAMOS À PORTA DE UM HOSPITAL NUMA URGÊNCIA?






Uma vez mais fomos postos à prova numa situação de desespero quando tivemos que recorrer à ajuda de médicos, enfermeiros e auxiliares... Uma vez mais a nossa ansiedade na procura de respostas a uma situação de emergência. Uma vez mais o susto passou e parece que tudo acabou por ficar bem apesar da turbulência de sentimentos e momentos de angústia passados. O processo é doloroso para o doente e quem espera. No momento, ficam as dúvidas: será que o que nos vão fazer está certo, será que é mesmo necessário fazer o que nos é dito? No entanto, fica a certeza de que, a forma como somos atendidos à porta de uma urgência de hospital, faz toda a diferença na maneira como podemos aceitar a situação, acreditar naquilo que nos estão ou pretendem fazer e ter fé nas pessoas que nos terão de cuidar a partir do momento em que entramos nas portas de um S.O. de um hospital quer seja público ou privado.

Nós somos testemunhas de que apesar de todas reivindicações, greves e descontentamentos que possam ter os profissionais de saúde e da razão que neles possam ter, não é o Governo que paga ou é responsável pelo papel que possam ter na vida de quem em desespero espera ser sossegado e estar confiante na ajuda que lhes possam prestar. É sim, a humanidade dos profissionais de saúde perante pessoas que podem ser de qualquer estrato social, condição económica ou capacidades intelectuais, (que, perante a fragilidade em que se encontram, estão em pé de igualdade), que faz a diferença. É verdade... é necessário pouquíssimo tempo para trazer ao doente e à família que o acompanha a confiança naqueles profissionais de saúde que daquele momento em diante serão responsáveis por quem se deita numa marquesa do hospital. E esse tempo de acompanhamento e clarificação, que numa situação de emergência pode não ser possível, tem que ser dado quando as condições o permitirem para que haja uma aceitação e maior colaboração para quem entra pela porta de um S.O. e para quem acompanha o doente.

De facto, quem trabalha numa emergência de um hospital, para além da competência, tem que ter a capacidade de atenção e cuidado com quem está pela frente, e isso faz toda a diferença. E, foi isso que encontrámos e descobrimos, uma vez mais. Uma urgência não é um local fácil para todos, equipa e doentes, mas ter uma palavra ou o apoio de uma mão atenciosa, torna tudo mais fácil, tanto de um lado como do outro. 







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