domingo, 11 de dezembro de 2022

ENFEITES DE NATAL




"Enfeites de Natal" - rectrospectiva

Este ano, resolvi fazer enfeites de Natal em pasta de modelar de secagem ao ar. Material fácil de encontrar (nomeadamente nos chineses), fácil de manusear e que permite fazer coisas engraçadas. São pequenos trabalhos que podem ser oferecidos como um miminho a pessoas amigas.

Foi o caso das arvorezinhas de Natal...


e das casinhas de passarinhos...



bem como dos "pendentes" de Natal...




ou dos bonecos de neve...


O processo é sempre o mesmo, começa-se por amassar a pasta de modelar com as mãos para a uniformizar, estende-se com o rolo da massa, fazem-se as impressões que se desejarem e corta-se com a forma que se pretender com a ajuda da fôrma de corte. (forminha para fazer bolachas). Acertam-se as formas, superfícies e rebordos com os dedos e a espátula de moldagem. Neste caso, conseguiu-se a curvatura do suporte de vela ao deixá-lo secar dentro duma taça redonda. 




Aqui, deu-se a forma à peça apenas com as mãos e a espátula de moldagem...



Depois, é o que a imaginação ditar... podem usar-se "stencils", objectos vários ou rendas para impressão sobre uma das superfícies da peça... Usei palitos para fazer os furos necessários para passar o fio; cola quente no caso de querer fazer colagens; cola tipo V7 para cobrir toda a peça depois de acabada de pintar e de secar, para a preservar e dar-lhe brilho. Pintei as peças com tinta acrílica e, pontualmente, gesso branco. Para que tudo resulte bem, há que ter o cuidado e a paciência de deixar secar bem a peça no final de cada etapa... o que nem sempre aconteceu.

Para oferecer as peças, fiz a sua montagem num cartão grosso que trabalhei com carimbos utilizando tinta vermelha de carimbo e que salpiquei também a espaços com pontinhos de gesso branco com a ajuda de um "cotonet"... 



ENFEITES DE NATAL - seis casinhas de campo




O Natal aproxima-se. Com as complicações de um cálculo renal, fiquei com os movimentos de alguma forma reduzidos temporariamente. Estar sentada ou em pé frente ao cavalete tornou-se por vezes complicado, pelo que optei por fazer coisas pequenas na bancada. Que melhor não foi do que fazer enfeites de Natal em pasta de modelar. É uma actividade relaxante e divertida. Foi o caso as casinhas de campo. 

Comecei por estender a pasta de modelar, depois de amassada com as mãos, com o rolo da massa. Usando uma forminha de corte em lata e em forma de casinha, recortei o molde que fui alisando com os dedos e a espátula de modelar. Só, de seguida, comecei a "abrir" portas e janelas e os demais elementos decorativos de cada uma delas. Para as texturas utilizei umas rendas e, com a ajuda do rolo da massa, imprimi-as na pasta. Um processo muito fácil e que faz um efeito engraçado. A pintura foi feita com acrílico diluído com um pouco de água, mais ou menos denso, conforme a necessidade...


Frente...

Traseiras...



Depois de secas e da cola para reforçar e dar brilho, foi fazer a montagem... No caso, utilizei uma conta de madeira e um pauzinho de canela (que dá sorte) que liguei com fio idêntico ao fio de Norte.







Ficaram umas casinhas rústicas e engraçadas que podem complementar a decoração de uma árvore de Natal, por exemplo.



sábado, 10 de dezembro de 2022

RETRATOS COM COR SEMPRE PRESENTE ....




Assim foi o recomeço da utilização da cor no retrato, incluindo o próprio fundo... Fundo que, neste caso,  começou com a mancha em aguarela, que depois foi  trabalhada com lápis de cor. O rosto, feito a carvão e lápis de cor, conseguiu manter a frescura bonita e tranquila do jovem. Pelo que fiquei entusiasmada com o resultado e pronta a arriscar novamente em futuras tentativas... 


Mas antes havia que terminar outros projectos já iniciados em que a base seria o retrato a carvão, sem um fundo trabalhado. O apontamento de cor ficaria apenas na roupa ...




Até que aceitei o desafio: __ porque não deixar o carvão e utilizar apenas lápis de cor?!... o vermelho, por exemplo.

O primeiro trabalho resultou num trabalho leve que me agradou bastante... Foi entusiasmante!

Mas, neste caso, o "carregado" das cores nas mãos, já não resultou como desejava... Para além de que o seu próprio desenho não foi conseguido.



Novembro de 2022... finalmente, iria começar a trabalhar num novo espaço da casa - "coZinHa cOm aRte", em que disponho de luz natural abundante, água corrente e espaço bastante amplo... Ansiando por novos projectos a nível do retrato, acompanhada sempre por uma professora atenta, (mesmo à distância), e que tanto preso não só pela sua competência, disponibilidade e optimismo como pelo seu incentivo, passei a utilizar aguarela, guache, lápis de cor para além do acrílico e pastel de óleo e a trabalhar também os fundos dos retratos com algum detalhe.

Este foi o primeiro retrato a ser feito neste espaço. Muito a medo fui tentando... Ficará para sempre como um marco desta nova etapa. Satisfaz inteiramente?!... Penso que não, mas terá sempre um lugar especial nesta minha caminhada.


É assim que chego a este retrato que adorei fazer, independentemente de poder não ser inteiramente fiel à fotografia... Todo o trabalho a guache com acabamentos a lápis de cor e pastel de óleo, foi mágico para mim...


Também neste caso consegui o resultado que pretendia que era o de realçar a beleza e tranquilidade dos olhos e do sorriso, sem a preocupação de trabalhar muito todo o resto do trabalho envolvente que está bastante singelo e até quase que geométrico.



Pois é... desta vez, agrada-me mais o resultado final... Utilizei lápis de cor, guache e acrílico preto, em vez do lápis vermelho e roxo como na primeira tentativa. Embora, tanto num como noutro, tenha adorado fazer os cabelos, aqui estão mais soltos e espontâneos.



Mais um trabalho que adorei fazer pela expressão, cor e alegria, tendo por base o guache, o acrílico e os lápis de cor... e utilizando o esfregão de arame para as texturas... com resultados imprevisíveis.

Tanta beleza num olhar...

Um truque para as texturas do cabelo?!... Mais uma vez utilizei esfregão de arame. São pequenos nadas que fazem a diferença...



Só a base do cabelo foi feita a guache, tudo o resto, a lápis de cor... Não arrisquei um fundo, desta vez. Tive receio de estragar o que já estava feito. Mas devo confessar que gosto muito da expressão e da leveza do trabalho. 


Aqui, o fundo e a roupa foram feitos a guache. Tudo o resto a lápis de cor. O fundo bem preenchido contrasta com a leveza do rosto, criando, quanto a mim, um equilíbrio agradável. Foi um trabalho que adorei, feito no dia 7, uma data que me marcou particularmente...



Pequenos apontamentos fazem a diferença...


Novembro passou, decorre Dezembro e continuo com os meus retratos. Parece que passaram anos luz... a mesma fotografia, um trabalho completamente diferente! 




quarta-feira, 31 de agosto de 2022

VERÃO - TEMPO DE BUGANVÍLIAS, PASSEIOS E CONQUILHAS...




Chegou o Verão e com ele tempo de rumar ao Sul... As buganvílias são uma constante nas férias. E, desta vez, ficarão gravadas para sempre na tela, seja Verão ou Inverno. Lembrarão sempre a alegria da sua cor forte e abundante nesta época do ano. Cor que com os amarelos da casa e os verdes das plantas tingidas de vermelhos e púrpuras, nos regala a vista e os sentidos.


Ao cair da tarde, a praia, então mais despojada de gente, proporciona um passeio à beira mar extremamente agradável. Uma praia completamente diferente daquela que conhecemos há uns anos mas que, apesar de ter perdido o seu ar natural e selvagem, está bem cuidada, permitindo preservar a duna e criando espaços de estar e de lazer com bastante qualidade.






Para evitar os apinhados de gente nas zonas da praia junto às saídas das vilas nas horas de maior afluência, há que andar um pouco tanto para Leste como para Oeste de cada zona de maior concentração. Onde, sobretudo nas alturas de maré vaza, se podem fazer caminhadas que nos permitem viajar no tempo até quando aquelas paragens eram menos conhecidas e o areal se estendia a perder de vista sem aglomerados de gentes, quando ainda não havia concessões e apenas os guarda-sol salpicavam a praia de onde em onde.



Figura sempre presente, também nesta altura do ano, é a dos conquilheiros... 

Muitas centenas de pessoas se entretém a apanhar conquilhas escavando com os pés ou as mãos a areia encharcada pela água do mar que desce ou sobe acompanhando os movimentos da maré mais ou menos vazia. Adultos, crianças, jovens, menos jovens se debruçam sobre os sulcos que vão abrindo  na areia para ver se aparecem alguns daqueles pequenos bivalves que poderão ir fazer as delícias do lanche ou do jantar. 

Mas eis que vemos de onde em onde os profissionais das conquilhas. Na areia seca, as suas bicicletas e os seus artefactos vão assinalando a sua presença, enquanto que, dentro de água pelos joelhos com a sua rede que manuseiam com destreza,  arrastam todo o tipo de conchas que encontram pelo caminho... depois há que fazer a triagem, já fora de água, na areia molhada ...



Mas a apanha dos bivalves parece não ficar por aqui. Ao largo são os barcos de arrasto... de quê? Fica-nos a dúvida.




Apesar de hoje a frequência destas praias ser muito maior, ainda há zonas em que a praia é paradisíaca, como aqui na Cacela Velha, mesmo na hora de maior afluência. Pelo menos, por enquanto... 

A escolha da altura da maré vaza para fazer a caminhada ao longo da praia é a garantia de um passeio muito agradável que nos ajuda a carregar baterias até mesmo para depois de passado o Verão. Ainda que mais não seja pela lembrança daqueles momentos felizes e descontraídos.