Emprestaram-me há anos, muitos anos, o livro "Olhai os Lírios do Campo". Um dos textos, daquele livro do qual já não me lembro do enredo, tocou-me particularmente. Ficaram-me estas palavras da carta de Olívia para Eugénio. Passei-as para uma folhinha de papel que me acompanhou por muito tempo. Li-o por várias vezes. Pensei que o devia pôr em prática outras tantas. Julguei tê-lo perdido. Mas com a NET, tudo é possível e, assim, encontrei de novo o texto que tanto me marcou...
A intenção das palavras comove. A intenção das palavras contagia-nos... Mas pôr em prática é mais difícil. Esquecemo-nos muitas vezes e voltamo-nos para nós próprios. No entanto, sempre nos dá um alento para pensar nisso e, quem sabe, nos possamos tornar um pouquinho melhor...
"O dia mais importante da minha vida foi aquele em que, recordando todos os meus erros, achei que já chegara a hora de procurar uma nova maneira de ser útil ao próximo, de dar novo rumo às minhas relações humanas.
Que era que eu tinha feito senão satisfazer os meus desejos, o meu egoísmo? Podia ser considerada um criatura boa apenas porque não matava, porque não roubava, porque não agredia? A bondade não deve ser uma virtude passiva.
No dia em que achei Deus, encontrei a paz e ao mesmo tempo percebi que de certa maneira não haveria mais paz para mim. Descobri que a paz interior só se conquista com o sacrifício da paz exterior. Era preciso fazer alguma coisa pelos outros.
O mundo está cheio de sofrimento, de gritos de socorro. Que tinha eu feito até então para diminuir esses sofrimentos, para atender a esses apelos? Eu via a meu redor pessoas aflitas que para se salvarem esperavam apenas uma mão que as apoiasse, nada mais do que isso. E Deus me dera duas mãos! Pensei em tudo isso numa noite de insónia. Quando o dia nasceu senti que tinha nascido de novo com ele."
"O dia mais importante da minha vida foi aquele em que, recordando todos os meus erros, achei que já chegara a hora de procurar uma nova maneira de ser útil ao próximo, de dar novo rumo às minhas relações humanas.
Que era que eu tinha feito senão satisfazer os meus desejos, o meu egoísmo? Podia ser considerada um criatura boa apenas porque não matava, porque não roubava, porque não agredia? A bondade não deve ser uma virtude passiva.
No dia em que achei Deus, encontrei a paz e ao mesmo tempo percebi que de certa maneira não haveria mais paz para mim. Descobri que a paz interior só se conquista com o sacrifício da paz exterior. Era preciso fazer alguma coisa pelos outros.
O mundo está cheio de sofrimento, de gritos de socorro. Que tinha eu feito até então para diminuir esses sofrimentos, para atender a esses apelos? Eu via a meu redor pessoas aflitas que para se salvarem esperavam apenas uma mão que as apoiasse, nada mais do que isso. E Deus me dera duas mãos! Pensei em tudo isso numa noite de insónia. Quando o dia nasceu senti que tinha nascido de novo com ele."
Malay, obrigada pelo seu blog. Nestes tempos de conteúdo padronizado, feito em em série para dar conta do consumo de massa, é um refrigério poder ler algo real, escrito por uma pessoa real e lúcida. Fiquei com uma sensação íntima, de alma, de já conhecê-la. Cuide de seu coração. Um abraço.
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