sábado, 29 de outubro de 2016

DIÁRIO DA VIDA DE UM CÃO - A ESCOLHA DE UM NOME






"Dale" - "o que gosta de viver"... É este o nome em Inglês do Teco.

Tico e Teco - Chip and Dale... Dois esquilinhos que fazem parte do imaginário dos meus donos e que, tal como todos nós, têm qualidades e defeitos. São personagens fictícios do Walt Disney, antagonistas simpáticos do Pato Donald  e inspirados nos esquilos vermelhos, Chip Squirrels, que são corajosos, extremamente limpos e armazenadores (têm o hábito de armazenar comida para consumo no Inverno).  


O Tico: Irmão do Teco, é o mais inteligente dos dois. É apaixonado por Geninha, uma ratinha super-inteligente que tal como o Tico, nunca demonstra o seu amor por ele, mas todos sabem que os dois se amam.
O Teco: Irmão do Tico é meio tolo, mas quando se trata de salvar a vida faz o impossível virar real. O Teco também gosta de Geninha, mas sabe que o seu irmão gosta dela e não diz nada.

À partida, ao escolherem entre um e outro, os meus donos talvez fossem pelo Tico, por ser o mais inteligente dos dois irmãos. Mas, o Teco, em Inglês, é o "Dale" __ nome que corresponde a: vibrações positivas, acordo, paz, conciliação dos sentimentos, senso de justiça e sabedoria. É alguém que gosta de tranquilidade, harmonia e da beleza que o rodeia e luta contra os próprios limites e restrições com vontade, determinação e imaginação ultrapassando obstáculos para atingir o sucesso. Ou seja, alguém para quem enfrentar desafios é sempre estimulante, possuindo todas estas qualidades desejáveis...

Resumindo... Depois de tudo isto e, finalmente, qual dos dois nomes escolheram para mim __ Tico ou Teco? A palavra "TECO" é mais sonora e forte do que "TICO"... E isto também teve o seu peso na escolha do meu nome, por isso, fiquei Teco.





(Informações retiradas da NET)





terça-feira, 25 de outubro de 2016

NA MARGINAL - UM PASSEIO DIFERENTE (CASCAIS / PORTUGAL)





Era Setembro. Domingo soalheiro... A Marginal fechada para o trânsito normal... Vermelhos, verdes, azuis, bege, de cores para todos os gostos. Lá vem mais um e agora mais uns tantos... Grandes, pequenos... Utilitários, dos bombeiros ou de luxo. Na altura, as vedetas eram as velhas relíquias que pelas mãos dos seus donos se passeavam debaixo do sol que se despedia do Verão. Entretanto, o Outono chegou e com ele a chuva, o vento e algum frio. Fica a lembrança daqueles dias em que o que sabia bem era passear a pé, de bicicleta ou de carro, neste caso, desde que fosse suficientemente antigo para participar na corrida/passeio...  













(Fotos tiradas pelo JP em 18/9/16)





segunda-feira, 24 de outubro de 2016

DEZ PEDIDOS DE UM CÃO AOS SEUS DONOS




O Bob


Estiveram comigo até ao último suspiro. Tive uma vida cheia de alegrias e de peripécias que davam para encher um livro. Foi uma vida boa e feliz, apesar dos primeiros tempos não terem sido fáceis e a "despedida" também não. Cheguei cachorro mas grande em tamanho o que dificultou a adaptação aos hábitos da casa. Mas tornei-me no companheiro que qualquer dono mais poderia desejar. Agora que vão adoptar um novo cãozinho pensem nestes 10 pedidos de um cão aos seus donos:


1. A minha vida dura apenas uma parte da vossa vida; qualquer separação de vocês significa sofrimento para mim. Pensem muito nisso antes de me adoptar.
2. Tenham paciência e  dêem-me um tempo para que eu possa compreender o que esperam de mim. Também nem sempre entendem imediatamente as coisas.
3. Depositem a vossa confiança em mim, pois eu vivo disso e vou compensar-vos por isso mais do que ninguém.
4. Nunca guardem rancor de mim se eu aprontar alguma, e não me prendam "de castigo". Vocês têm  outros amigos além de mim, têm o vosso trabalho e o vosso lazer - mas eu só vos tenho a vocês.
5. Conversem comigo. Eu não entendo todas as palavras, mas  faz-me bem ouvir a vossa voz falando só para mim.
6. Pensem bem como vocês, os vossos amigos e visitas me tratam. Eu jamais esqueço.
7. Pensem também, quando me quiserem bater, que eu poderia facilmente quebrar os ossos da mão que me magoa, mas que eu não lanço mão deste recurso.
8. Se alguma vez não estiverem satisfeitos comigo, porque estou de mau humor, preguiçoso ou desobediente, imaginem que talvez a minha comida não me esteja a fazer bem, ou que tenho estado muito exposto ao sol, ou que o meu coração já está um pouco cansado e fraco...
9. Por favor, tenham compreensão comigo quando eu envelhecer. Não pensem logo em me abandonar para adoptar um cãozinho novo e bonitinho. Também vocês envelhecem.
10. E quando chegar o meu último e mais difícil momento fiquem comigo. Não digam "não posso ver isto". Com a vossa presença tudo fica mais fácil para mim. A fidelidade de toda a minha vida deveria compensar este momento de dor.



(Adaptado de texto retirado da NET)




SE O HOMEM PENSASSE COMO ANIMAL






Em que penso eu? Que sinto? Como vejo o Universo que agora vou descobrindo? Ao olhares para mim podes perguntar-te... __ "se o Homem pensasse como animal", como seria o Mundo? Este delicioso poema pode responder em parte. Será uma forma idealista e romântica de ver as coisas, porque mesmo o mundo dos animais não é tão linear... mas era bom que assim fosse.  



"Se o homem pensasse como o pássaro...
festejaria cada amanhecer com uma linda canção.

Se o homem pensasse como o cavalo...
ultrapassaria os obstáculos com classe, firmeza e determinação.

Se o homem pensasse como o cão...
faria do amor uma constante troca de carinho, lealdade e fidelidade.

Se o homem pensasse como o gato...
teria calma e equilíbrio em qualquer dificuldade.

Se o homem pensasse como a abelha...
constataria que nada se constrói sozinho.

Se o homem pensasse como a formiga...
veria que trabalho e sucesso trilham o mesmo caminho.

Se o homem pensasse como a baleia...
veria a importância do poder da solidariedade.

Se o homem tivesse a pureza e a simplicidade de ser dos animais...
a paz mundial deixaria de ser um sonho e seria uma realidade..."




(Poema retirado da NET)



domingo, 23 de outubro de 2016

DIÁRIO DA VIDA DE UM CÃO - AS PRIMEIRAS NOITES







Onde vou dormir à noite? E os xixis da noite como fazer? Nos primeiros tempos, enquanto eu me sentir num ambiente totalmente estranho e quando for hora de dormir, como me poderão ajudar a minimizar a perda da companhia da minha mãe e dos meus irmãozinhos, bem como do seu calor, do seu aconchego e da sua protecção? Como poderão fazer para eu não ganir noite dentro? Estas são questões que se põem aos meus futuros donos.

Arranjar um ninho será a tarefa mais fácil. O cesto já está lá em casa desde o tempo do Pock, que não chegou a utilizá-lo porque tinha muito pêlo e, como dormia dentro de casa, preferia escolher os tapetes em pontos estratégicos onde sentia mais próxima a presença dos donos. Por seu lado, o Bob era grande demais e não cabia dentro dele. Assim, aquele grande e bonito cesto de verga comprado um dia na feira, acabou por ficar guardado anos a fio à minha espera. Agora, bastou ir  buscá-lo à arrecadação, passar no Chinês para arranjar umas almofadas "giras" e próprias para cão, (pois lá são mais baratas), e ajustá-las dentro do cesto. Finalmente, é utilizar umas flanelas a cobrir as almofadas, para que o ninho fique mais quentinho e aconchegado nos primeiros tempos da minha chegada (de Inverno, ainda por cima...) Como resultado final: Fico com uma cama king size só para mim.

O problema dos xixis talvez se resolva rapidamente com o resguardo próprio para cachorros e alguma paciência da parte dos meus donos para algum desaire que possa acontecer.

O pior é saber como é que vão resolver o problema da minha adaptação à noite nos primeiros tempos, para que seja o menos agitada possível e pouco angustiante para mim. Quem vai dormir onde? Ir para o quarto dos meus novos donos está fora de questão, mesmo sendo eu tão pequenino. Ficar alguém perto de mim para me consolar nos primeiros dois, três dias é uma questão a ponderar. Mas a ideia é eu ficar desde logo num sítio definitivo, longe de portas e janelas para que não tenha a sensação de que controlo as idas e vindas dentro de casa e, assim, começar desde logo a saber qual é a minha posição na hierarquia dentro da minha nova família. 

Sei que a minha chegada não é para já, mas a antevisão da minha reacção durante as primeiras noites é uma questão que se põe: __ Qual será a melhor forma de a resolver? Deixarem-me latir  pela noite dentro até que me habitue? Dormirem próximo do sítio onde vou ficar para me irem dando algum conforto esperando que assim me acalme? Deixarem-me brinquedos e uma luz de presença para que me entretenha se não dormir? É uma incógnita...

Dizem:  para quê sofrer por antecipação? De facto, a chegada do Pock já foi há tantos anos e terá sido tão tranquila que não deixou lembranças. Para o xixi, utilizaram-se folhas de jornal espalhadas no chão que se foram retirando gradualmente até à sua eliminação total __ o que resultou bem. Só que a chegada do Bob foi tão desastrosa e aparatosa que, agora, os meus donos estão sem saber bem como actuar para que tudo corra de forma tranquila comigo e todos na casa, nessas primeiras noites que nos aguardam...





sábado, 22 de outubro de 2016

DIÁRIO DA VIDA DE UM CÃO - OS BRINQUEDOS








Pois é, a cada um seu brinquedo. O Chau chau enterrava-os, o Bobtail foi desencantá-los debaixo de terra e trazê-los de volta para a luz do dia. Os brinquedos grandes foram os que sobreviveram aos dentes dos meus antecessores __  primeiro o Pock e depois o Bob... Já passou bastante tempo depois que o Bob "partiu", mas os brinquedos dele  ainda se conservam como foram encontrados algures no quintal. Ainda têm terra agarrada. Já não vão servir para mim, os meus vão ter que ser muito mais pequenos e escolhidos de modo a que não sofra acidentes....






A minha dona já começou a fazer o "enxoval" e os brinquedos não podem faltar. É neles que vou exercitar os dentes e descarregar as minhas energias. São os principais aliados das pernas das cadeiras, dos móveis da casa e de tudo que for encontrando pela casa e pelo quintal ( o meu futuro universo)... São eles que me vão entreter quando não tiver mais nada que fazer. Por isso, os meus brinquedos têm que ser adequados ao meu tamanho e às minhas necessidades. Pequenos, porque sou pequeno; sem serem fáceis de partir, para que não possa engolir pedaços; fios curtos para que se os desfizer não se enrolem no intestino. Enfim, depois de aconselhada, a minha dona escolheu-me estes três binquedos que já estão à minha espera e das minhas investidas. Um para massajar as gengivas e poder roer à vontade, os outros para puxar e ir esfrangalhando à medida que for crescendo a menos que sejam resistentes como os do Pock e do Bob que, apesar de sujos e sem cores vivas, ainda hoje existem.





DIÁRIO DA VIDA DE UM CÃO - COCÓS E XIXIS





Uma das preocupações dos meus donos é com essa história dos cocós e dos xixis dentro de casa, nos primeiros tempos, enquanto for bebé. Apesar de acabarem por ter sido bem sucedidos com os primeiros cães, querem que agora tudo corra bem logo de início. Por isso, a minha dona, foi à procura de ajuda e já lhe deram algumas "dicas". Aqui vão elas:

1- Usar estes resguardos nos primeiros tempos. Têm feromonas que atraem os cães. Colocá-los no local em que se quer que eu faça o xixi numa aflição.


2- Para reforçar. Logo no primeiro dia, assim que eu fizer o meu primeiro xixi, é encharcar um bocadinho de jornal ou um panito  com um pouquinho da minha urina, esfregá-lo no resguardo que será o meu WC dos primeiros tempos e encaminhar-me para lá. O cheirinho irá atrair-me e é lá que irei verter águas com o incentivo dos meus donos.

3- Colocar o resguardo num ponto estratégico de modo a se poder ir aproximando da porta de saída para o exterior, já que sou um afortunado e vou ter um quintal só para mim.

4- Nos primeiros tempos, enquanto estiver em fase de aprendizagem, não usar nunca produtos de lavagem de chão que tenham amónia. É verdade... Essa a minha dona não sabia, de todo!... E ela que adora o Sonasol como produto de lavagem e desinfecção! Mas, enquanto estivermos nesta fase de treinos, terá de esperar.

5- Aplaudir-me e incentivar-me quando acertar com o xixi e o cocó no sítio onde devo.

6- ... Para além de terem paciência, é claro! Até porque, dizem, sou asseado por natureza e aprendo depressa.

E pronto, por agora é tudo que sabemos sobre xixis e cocós dentro de casa. Se souberem de mais algum truque, os meus donos agradecem que nos contem.





sexta-feira, 21 de outubro de 2016

DIÁRIO DA VIDA DE UM CÃO - UM BANHO DE SCHNAUZERS





Sou ainda muito pequenino... mas a minha tribo fala por mim. Schnauzers gigantes ou miniaturas somos uma ternura mas muito vivaços... Foi paixão à primeira vista. Esperem que eu cresça e vejam o que é um cão sedutor, meigo, brincalhão, asseado e inteligente... Pelo menos, é isso que os meus futuros donos, que já estão apaixonados, esperam de mim... O tempo o dirá. Hoje, foi só o primeiro encontro.




quinta-feira, 20 de outubro de 2016

DIÁRIO DA VIDA DE UM CÃO - PROJECTO...






Ainda é projecto mas já começa a entrar devagarinho nas nossas vidas... Amanhã será o primeiro encontro. Para já, é só uma imagem e referências a uma raça de cães com todas as qualidades para ser um bom companheiro para a vida no seio de uma família...

Tivemos dois companheiros de quatro patas que "partiram" faz tempo __ Ofereciam-nos o que tinham de melhor para além da sua dedicação: o primeiro, um Xau xau, oferecia-nos ratos, lagartixas e pássaros esventrados que deixava à porta de casa (era caçador) e, o segundo, um Bobtail, oferecia-nos as pétalas de rosas que desfolhava das roseiras do quintal - (era um cão pastor, mas acima de tudo "um cavalheiro")... Feitios tão diferentes!... Ambos bons amigos que deixaram saudade.  

Chegou a altura da vinda de um cão mais pequenino, um Schnauzer miniatura, mas que esperemos seja grande em oferecer afecto. O tempo o dirá. Cada raça tem as suas características gerais mas cada cão é um indivíduo com uma personalidade muito própria... É uma grande aventura para nós e para eles _ uma descoberta que se vai fazendo no dia a dia! Uma partilha e uma troca de afectos, de alegrias e tristezas, de tropelias e companheirismo e, sobretudo, de aceitação daquilo que somos. 

Será um novo recomeço para nós e para ele... O começo de uma nova história para ser contada...


...


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A CASA DAS HISTÓRIAS PAULA REGO






Entrada e saída de uma casa que conta histórias... Entrada e saída para a leitura da alma de seres que fizeram parte da nossa História e das histórias do nosso imaginário... Entrada e saída de uma casa onde se torna difícil ler as histórias que lá são contadas, a menos que nós conheçamos já a história dessas histórias ou a história da nossa própria História.

Para quem não entenda como eu, fica a força do traço, a eficácia no manuseamento dos materiais, do pastel, do óleo, da tinta nanquim... Sobretudo do pastel!... Mas fica também a força do feio, do grutesco, do violento e do simbólico que procuramos ler em cada obra da pintora que reproduz à sua maneira obras de escritores, como é o caso das novas séries baseadas nas obras de Eça de Queirós (1845-1900)  __   O Primo Basílio (de 1878) e A Relíquia (de 1887).

Os dramas morais e sociais e as relações humanas, são vistas de uma forma crua muito própria de Paula Rego, muitas vezes denunciando situações extremas como a mutilação sexual feminina e a sua aceitação por determinados grupos das sociedades humanas. Os títulos dos seus trabalhos são muitas vezes um complemento da crítica mordaz implícita na representação feita pela imagem. 

Os quadros de Paula Rego são histórias por si só. Histórias que são contadas ou numa profusão de imagens que se encontram numa amalgama aparentemente sem nexo ou então por espaços vazios e uma representação parca de elementos. Torna-se um exercício curioso e engraçado tentar ir ao encontro de uma possível leitura dos episódios retratados nas obras de Paula Rego. Procurar em cada elemento o seu possível simbolismo.

Para minha surpresa, não há uma exposição fixa de trabalhos da pintora. Os temas vão variando ao longo do tempo e os trabalhos expostos também. A pintora, aos 81 anos de idade, continua a trabalhar nas suas obras de grandes dimensões. E são algumas das suas obras recentes que estão patentes ao público como é o caso do quadro "A Ericeira" - acabado há 2 anos e que representa a fuga do rei D. Manuel quando da implantação da República.


   

"Ericeira" - a fuga do rei D. Manuel II


"O Anjo"


"Pêga"

 
"A Morte do Rei"



"Escondido entre mulheres" (Crime do Padre Amaro)



Pode gostar-se ou não do trabalho desta pintora, mas é inegável, a sua infindável capacidade de imaginação e criatividade e a sua capacidade de em poucas linhas ou manchas de lápis, pastel, tinta ou colagens conseguir representar sentimentos tão humanos e, por vezes, tão contraditórios.

Como contraditórios são os meus sentimentos em relação ao trabalho desta pintora tão diferente...




(Outº / 2016)