domingo, 22 de abril de 2018

A VÍRGULA __ UM QUEBRA-CABEÇAS




Colocação de vírgulas. Um quebra-cabeças numa pretensa escrita. Ponho ou não ponho a vírgula?

__”Atenção ao ritmo, às pausas e à música das palavras na frase, quando se lê alto.” Assim, será fácil descortinar onde devem fazer-se breves pausas (por vezes, até pedem mudança de entoação). E aí estará o lugar da vírgula - (se a pausa for mais longa, será caso de ponto e vírgula).

Para mim não tem sido fácil. A tendência é pegar num punhado daqueles discretos sinais de pontuação e “atirá-los” para o texto... formando-se um labirinto de palavras.

Em perfeito desnorteamento, perguntei a quem de direito o que fazer. Foi-me dada a regra de ouro: __” Em caso de dúvida, se não for manifesta a necessidade da vírgula para a compreensão do texto, mais vale omiti-la."

Razão tem Saramago, o nosso Prémio Nobel da Literatura, que dispensa tanto quanto possível aquele pequeno tracito que corresponde a uma pausa breve mas que, em certas situações, pode ser fundamental para o entendimento do texto.
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Mas há regras para a sua colocação. Algumas mais gerais e comuns, e uma infinidade de outras situações específicas que não caberiam nas “páginas” de um “post” e não são de grande importância. Afinal, talvez que estas regras nem sejam tão complicadas assim.


É possível que algumas delas possam servir também a mais alguém. Por isso, aqui vão elas:



__ Entre o sujeito e o verbo não deve colocar-se uma vírgula :(por ex.: «O dia está frio...» ; e nunca «O dia, está frio»); a não ser que ao sujeito se siga:
a) um aposto ou continuado - (por ex.:«D. João II, o Príncipe Perfeito, foi..»); ou
b) uma frase «explicativa» - (por ex.: O Pedro, que anda muito ocupado, faltou...»)

__ Frases intercaladas ou de sentido independente localizam-se entre vírgulas : Por ex.: «Compreendo que, face ao exposto, não queiras...».

__Palavras como «porém», «todavia», «enfim», «portanto» «contudo», «pois»,
levam vírgula antes e depois : (por ex.: «Creio, todavia, em...» ; «Vou, enfim, descansar» ; «Julgo, pois, que...» ; etc.)
Atenção, porém, a que a palavra «porém» não deverá iniciar um período.

__Usam-se também vírgulas em expressões iniciadas por gerúndio independente : (por ex.:«Concedendo que é verdade o que dizem, ...) ; (ou: «F..., simulando alegria, fez isto ou aquilo...»)



(Informação prontamente cedida por DC; imagens retiradas da NET)




quarta-feira, 18 de abril de 2018

O JARRO DAS RISCAS VERMELHAS





Trabalho inspirado num dos do escocês Mhairi McGregor. Foi um exercício muito agradável feito a acrílico sobre tela. A sua base foi feita a espátula e terminou a pincel. Não pretendendo, nem conseguindo de qualquer modo, que ficasse igual, pretendia-se dar as formas  e as luzes que são realçadas pelas riscas vermelhas e brancas do jarro. Não se conseguiu a leveza e luminosidade do original mas fiquei a gostar muito do conjunto sobretudo pela sua textura e diversidade de tons. Mais um trabalho em que aprendi bastante e que me permitiu uma maior liberdade de movimentos como ao fazer os riscos com uma "caneta" própria para ajudar a definir as flores do ramo.  




Este é o trabalho original de Mhairi McGregor que tanto me agradou pela sua simplicidade, luminosidade e força das cores das riscas do jarro em contraste com o fundo acinzentado e até mesmo o ramo de flores com cores pouco diversificadas... __"Porquê as riscas vermelhas e brancas?" Do meu ponto de vista, é o que dá mais graça ao trabalho... e o que tanto me encantou!... Não é um trabalho "abstracto" nem "realista". É uma pintura aparentemente simples. Mas, ao tentar "reproduzi-lo", mesmo sem o querer seguir à risca, temos dificuldade em conseguir a pureza das formas e da luz que nele se sentem. Mas valeu bem a pena a tentativa e deu muito gozo procurar fazê-lo.




quarta-feira, 11 de abril de 2018

UM ABSTRACTO - COMO "RISCÁ-LO"?



"Abstracto" 
Pintura a acrílico sobre tela (Abril 2018)


A tela já estava texturada com massa de modelar fazia anos. Neste momento, o entusiasmo pelos "abstractos" fez com que a fosse buscar. Com o depositar de mais tinta acrílica, mais algumas texturas, camada sobre camada com utilização do rolo, da trincha e da espátula, um novo trabalho foi surgindo. Manchas mais fortes e marcadas e outras mais esbatidas e difusas, utilização de um "stencil"... Foi um exercício agradável de se fazer. Mas ficou uma dúvida... Como fazer os riscos fininhos?...

Fácil afinal - fazer um "pente" de (seis) palitos unidos entre si por uma fita-cola e depois fazê-los deslizar para arrastar a tinta ainda fresca  e escura aplicada sobre uma camada de tinta já seca mais clara de modo a poderem ver-se os riscos claros no fundo escuro, (ou, fazendo o inverso, riscar a tinta clara fresca sobre uma camada de tinta mais escura e já seca). Ou, então ainda, em vez dos palitos, utilizar um pente normal, um "raspador", uma espátula para arranhar a superfície de tinta fresca de modo a deixar transparecer a camada de tinta inferior, como me foi ensinado; ou, quem sabe, uma "escova" improvisada com os mais diversos materiais "arranhantes" ou, pelo contrário, "depositantes" de tinta... Ou... As possibilidades são imensas!...




Vários exemplos de "escovas" artesanais encontradas no Pinterest




Aqui se podem ver os riscos fininhos feitos sobre uma superfície clara ao arrastar-se a tinta escura da camada superior com a ponta dos palitos de um "pente" improvisado como este da fotografia em baixo, inspirado numa fotografia retirada do Pinterest.






(Imagem retirada do Pinterest)


Mas pode-se querer um efeito diferente. Como é o caso da mesma figura ou a de baixo em que se  vê o resultado obtido ao depositar a tinta preta, em que se mergulharam os palitos antes de irem sendo aplicados, sobre a camada de tinta mais clara já seca.






Tem sido uma descoberta engraçada de mais um tipo de ferramentas a utilizar com efeitos muito interessantes em trabalhos de pintura, sobretudo na pintura abstracta. E em que, por curiosidade, alguns exemplos são bem "avantajados". Se não veja-se:




(As duas imagens retiradas do Pinterest)





segunda-feira, 9 de abril de 2018

EVOLUÇÃO DE UM ABSTRACTO



ABSTRACTO
Pintura a acrílico sobre tela (Abril 2018)


Depois de várias transformações foi assim que ficou...







As texturas de base foram e são as mesmas, as cores e alguns traçados é que foram variando. É um exercício engraçado e pintamos vários quadros num só. Valeu a pena o gasto de tinta, já que fui ensaiando várias técnicas que tenho vindo a aprender até chegar a um resultado desejado satisfatório.




quarta-feira, 4 de abril de 2018

QUANDO PINTAR É UM JOGO QUE DÁ UM GOZO DIFÍCIL DE DEFINIR




Abstracto III (*)

Pintura a acrílico sobre tela inspirado num trabalho retirado do Pinterest


Abstracto retirado da NET que serviu de modelo



É entusiasmante e enche-nos de vontade de ir tentando todos estes novos truques, experiências e técnicas que estamos a aprender. É uma pintura alegre e criativa que vai estando um pouco mais ao nosso alcance do que a pintura figurativa clássica, para além de mexer bastante com os nossos sentidos. É uma experiência que dá um gozo difícil de definir. É sempre diferente. Não é fácil repetir-se cada gesto, cada forma, cada tom. A graça está na espontaneidade de cada movimento brusco ou suave até ao intencional e bem marcado. Jogando sempre com os ratados, as texturas, o risco, a mancha, a cor intensa ou difusa, a sobreposição de camadas, dos tons e das cores. Utilizando os materiais mais diversos e às vezes inesperados para obter efeitos que agradem à vista e se tornem harmoniosos no conjunto.