segunda-feira, 30 de outubro de 2017

CANCRO DA MAMA - UM FINAL FELIZ?!...




Outubro chega ao fim. Um mês já passou após a última sessão de Radioterapia e quase três meses após a Quimioterapia, mas ainda se manifestam alguns dos efeitos colaterais de um e de outro dos tratamentos.

As pestanas já começaram a nascer e a crescer, mas as sobrancelhas estão desalinhadas e ralas; lentamente, o cabelo vai crescendo também, embora ainda sinta necessidade de recorrer à cabeleira e turbantes; a dormência nos dedos e planta dos pés vai diminuindo; as unhas, tanto das mãos como dos pés, vão recuperando; a mama ainda está sensível, ainda tenho que a proteger do calor excessivo e da pressão das roupas e do cinto de segurança do carro, ainda tenho que fazer a hidratação com o uso de cremes, mas aos poucos vai recuperando, inclusivamente no que respeita ao seu volume e vermelhidão.

Todo o processo tem sido lento, mas está dentro do que seria de esperar. Tudo vai normalizando, mas sinto um certo "cansaço" relativamente ao uso da cabeleira ou do turbante. Gostaria de ter coragem de prescindir deles e assumir o meu cabelo curtinho, como vejo outras mulheres fazerem __ mas ainda não chegou a altura.

Resta a alegria de pensar que o fim já não vem muito longe e de já terem passado as piores fases.

Será que no fim do ano já dispenso os meus "disfarces"?!... A vontade de me assumir como estou começa a imperar...

Um ano passou desde que tudo começou. Finalmente começo a ver o fim deste percurso necessário para vencer esta doença que, sem aviso e de repente, nos surge no caminho.





Foi um mar de sensações boas e más que foram indo e vindo quais ondas do mar, apoiadas por quem comigo foi privando. No final desta "viagem", ficam as lembranças dos momentos de conquista conseguidos de etapa em etapa e a sorte de se ter detectado A TEMPO uma situação que, caso contrário, poderia ter consequências muito mais graves.

A vigilância não acabou. Tudo se poderá repetir?!... Fica a esperança de que, por agora, a situação tenha sido controlada e de que não volte a ocorrer.